FOLÍCULO PILOSO

FOLÍCULO PILOSO

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Queda Capilar Crônica

Tenho refletido demais sobre alguns questionamentos de pacientes quando em consulta. Em especial mulheres e, sendo mais específico, as que desenvolvem alopecia androgenética. 
Lidar com esse diagnóstico é algo complicado para qualquer pessoa, visto que o cenário atual da medicina implica em tratamento continuado e por tempo indeterminado do problema, mas percebo que as mulheres passam por questões mais profundas quando diante dessa situação. 
Já citei várias vezes nesse blog e em outros textos que escrevi nos últimos anos sobre o impacto da mídia na busca por um perfil quase que inatingível de beleza. Mulheres em capas de revistas que são fotografadas com cabelos artificialmente volumosos, atrizes que alongam seus cabelos dando a impressão de que suas madeixas cresceram rapidamente, quase que de uma hora para outra. Mudanças de visual de modelos que, apesar de parecerem não causar qualquer dano aos fios, uma hora custarão a saúde dos cabelos (quem acompanha a carreira da modelo Naomi Campbel sabe disso - já foram escritos textos aqui - sobre o problema de rarefação capilar pelo qual ela está passando). 
Incentivadas ou não por essa mídia, as mulheres por natureza já desenvolvem um tipo de relacionamento diferente com seus cabelos se formos comparar com os homens. Relações que eu poderia chamar de afetivas, e que variam do amor ao ódio, dependendo da maneira como seus fios estão se comportando quando acordam. Natural, nós homens também sentimos isso. Tem dias que me olho no espelho e acho que meu cabelo está um desastre. Tem dias que penso, nossa, está comportado/ajeitado hoje. Mas ainda assim o relacionamento de um homem com seus cabelos raramente tem a importância e o mesmo significado do que tem para uma mulher. 
Cabelos para mulheres são um dos principais identificadores da feminilidade. 
Vou contar aqui uma história que entendo que seja importante para explicar porque tenho refletido sobre o tema. É a história de Manuela, nome fictício de uma paciente que não terá sua identidade revelada, mas que tem 29 anos. 
Já lidou com queda de cabelo há pelo menos 4 anos. Visitou 3 médicos antes de chegar a mim. Dentro do padrão descritivo da paciente, tratava-se da mesma queda capilar (região, padrão de desenvolvimento, evolução e os medicamentos que foram propostos por outros colegas médicos). Tudo indicando uma alopecia androgenética. Quando usava os medicamentos o quadro cedia e os cabelos melhoravam. Quando parava de usar os cabelos voltavam a cair. Típico do diagnóstico que a paciente tinha. 
Por algum motivo Manuela acreditava que os tratamentos que fazia dariam resultados definitivos, algo complicado quando se trata de um problema crônico. Mas ela já tinha sido avisada antes de seu diagnóstico e até entendia que poderia ser uma coisa a se tratar por tempo indeterminado. 
Em sua última consulta, a quarta comigo, Manuela me questionou se o tratamento acabaria. Quando iria poder ficar livre dos medicamentos. Tirei um tempo para explicar para ela a situação que envolvia seu diagnóstico e comentei que estávamos fazendo um tratamento de ataque, para tentar recuperar seus cabelos e logo entraríamos na manutenção. A manutenção, por sua vez, seria uma forma de mantermos o que conquistássemos para que ela não voltasse a passar pela mesma situação de queda que se seguiu após o final dos tratamentos feitos previamente. 
Assustada, Manuela me perguntou novamente se aquilo nunca teria fim. Comentei que no momento atual da medicina ainda não temos um tratamento definitivo para a queda capilar androgenética, mas que pacientes em manutenção evoluem muito bem. Eu mesmo tenho muitas pacientes em manutenção que continuam com o volume de cabelos estável e sem se preocupar mais com o problema. Tudo isso às custas do uso de uma pequena cápsula ou da aplicação de uma loção diariamente no couro cabeludo. 
Percebi uma certa frustração em Manuela. Algo no seu íntimo queria negar o enfrentamento com um problema crônico. Quando voltei meus olhos para a ficha de Manuela percebi que ela há muito tomava medicação para a tireóide por conta de um hipotireoidismo. Teria que tomar esse medicamento para sempre. Relatei esse fato, que ela deveria encarar a manutenção do tratamento capilar como encarava o tratamento da tireóide.
Manuela permaneceu em silêncio. Não foi um silêncio de aprovação ou satisfação. Foi um silêncio de desamparo. Algo nela queria negar a necessidade de tratar os cabelos pelo resto da vida. Quando quebrou o silêncio foi para falar que o tratamento da tireóide ela tirava de letra, mas o do cabelo era difícil de aceitar. 
Senti nos comentários e palavras que se seguiram que Manuela cultivava um medo da queda capilar crônica e da perda da luta contra a queda de cabelos. O medo de ficar careca. 
Entendi sua vontade de parar os tratamentos prévios tão logo se sentisse melhor. Entendi que estar no quarto médico para tratar do mesmo problema era algo extremamente desconfortável. Entendi que cada vez que passava a loção e tomava uma das cápsulas prescritas, Manuela, na verdade lutava não apenas contra o problema, mas contra tudo o que o problema significaria para ela. Manuela lutava contra a perda de sua feminilidade. 

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Calvície e a Célula Tronco


Mais informações sobre células tronco que podem ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos para a calvície - Folículos pilosos e melhor entendimento sobre as vias de sinalização BMP e Wnt

Entender o mecanismo pelo qual um conjunto de células tronco se comporta é o tipo de conhecimento de grande valia para a ciência básica. Até porque, as ciências básicas oferecem substrato significativo para tudo o que pode vir um dia ser utilizado clinicamente nos cuidados com nossa saúde. Se o estudo de células tronco for realizado em uma estrutura que nos é de interesse (e aqui, falo sobre aqueles que são frequentadores desse blog e adoram novidades sobre os cabelos), melhor ainda. 
A equipe do Dr Krzysztof Kobielak, do laboratório de patologia da University of Southerm California (USC), publicou alguns artigos que descrevem mecanismos relacionados ao comportamento de células tronco da área do bulge dos folículos adultos e o seu papel na ativação ou na quiescência (manutenção do estado de repouso), dos ciclo de crescimento dos cabelos.
Para quem ainda não sabe, o bulge é uma região do folículo piloso onde existe um estoque de células tronco (até mesmo em adultos), que tem papel importante no controle do ciclo de crescimento dos cabelos.  
A ciência já reconhece a importância dessas células na regeneração da estrutura folicular, assim como elas tem uma importância grande na regeneração cutânea (a regeneração da pele por essas células dos folículos pilosos, em especial, é fundamental para a evolução de tratamentos de pacientes queimados ou com outras patologias que afetam a epiderme). 
Os estudos da equipe do Dr Kobielak, focado no entendimento dessas células tronco, observaram o comportamento de moléculas importantes para o controle do ciclo dos cabelos, as das vias sinalizadoras de Wnt e as das bone morphogenic proteins, conhecidas como BMPs. Os pesquisadores identificaram uma complexa rede de genes envolvidos no controle do ciclo de crescimento dos cabelos relacionados às vias sinalizadoras de Wnt e BMPs, em especial o gene Wnt7, que, se estiver inativado resulta em um cabelo com crescimento pífio. 
Os dados da pesquisa provaram que quando a sinalização das vias das BMPs está reduzida e a das vias de Wnt está aumentada há ativação do crescimento capilar. O contrário, aumento da atividade da sinalização de BMPs e redução da sinalização de Wnts, mantém o folículo em estágio de repouso. 
As proteínas Smad1 e Smad5, da via sinalizadora das BMPs, também foram foco de estudo dos pesquisadores que elucidaram seus comportamentos frente ao controle do ciclo capilar. 
A compreensão desses mecanismos, como eu costumo dizer nesse blog, e sempre que comento estudos que mostram avanços no entendimento do comportamento folicular via biologia molecular, é sempre muito bem vindo. Ainda assim, volto a afirmar que a compreensão global do controle do crescimento capilar é um quebra cabeça com muitas peças e que a cada dia cresce mais. Só nesse blog, (quem não encontrar no endereço atual www.blogtricologiamedica.com.br poderá encontrar no endereço antigo www.tricologiamedica.blogspot.com.br, até que venhamos a migrar todo o conteúdo para o blog novo), há uma vasta discussão de artigos sobre as novas descobertas da ciência básica que se complementam. 
É claro, como os autores afirmam, que esses estudos poderão vir a trazer benefícios e práticos para tratamentos clínicos no futuro. Sejam eles de queda capilar, sejam eles de problemas de pele. Mas creio que o caminho até eles ainda é de muito pesquisa, entendimentos e conclusões, antes de termos algo definitivo para os cuidados, em especial, com os cabelos. 
Espero que, em breve, muito breve mesmo, possamos ter notícias ainda mais alegres e esperançosas do que as apresentadas pela equipe do Dr Kobielak para aqueles que buscam um melhora ainda mais expressiva dessa ciência que a a tricologia. Afinal, não são apenas os que sofrem com a calvície e a perda capilar que esperam com ansiosos por mais evolução nessa área. De minha parte posso garantir que, cada estudo publicado, cada nova forma de olhar e entender a estrutura capilar como um todo, sua fisiologia e as maneiras de melhorar a performance e corrigir os problemas dos folículos pilosos, me deixam com os olhos brilhando, e me fazem acordar todos os dias com mais alegria e certeza de que faço o que gosto e de que cada paciente cuidado vale a pena. 
Referências:
Kobielak K, et al. Loss of a quiescent niche but not follicle stem cells in the absence of bone morphogenetic protein signaling. PNAS. 2007 Jun 12;104(24):10063-8. 
Kobielak K, et al. Competitive balance of intrabulge BMP/Wnt signaling reveals a robust gene network ruling stem cell homeostasis and cyclic activation. PNAS 2013 Jan 22;110(4):1351-6.
Kandyba E, Kobielak K. Wnt7b is an important intrinsic regulator of hair follicle stem cell homeostasis and hair follicle cycling. Stem Cells. 2013 Nov 13. doi: 10.1002/stem.1599
Kandyba E, Hazen VM, Kobielak A, Butler SJ, Kobielak K. Smad1&5 but not Smad8 establish stem cell quiescence which is critical to transform the premature hair follicle during morphogenesis towards the Postnatal State. Stem Cells. 2013 Sep 10. doi: 10.1002/stem.1548.
Kobielak K, Pasolli HA, Alonso L, Polak L, Fuchs E. Defining BMP functions in the hair follicle by conditional ablation of BMP receptor IA. J Cell Biol. 2003 Nov 10;163(3):609-23.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Finasterida e a feminização do feto do sexo masculino??????????????

Mulheres x Finasterida: por que não tomar e a verdade sobre engravidar de um homem que usa

Como se sabe, a calvície é um problema que atinge não apenas os homens, mas também as mulheres. Num contexto global, estima-se que 25% delas sofrerão com a queda acentuada dos cabelos depois dos 30 anos de idade e que outros 50% a terão por volta dos 50 anos de idade, após a menopausa.
finasterida para mulheresÉ claro que, mesmo atingindo as mulheres em menor número do que os homens, o impacto da perda excessiva de cabelos no público feminino costuma ser muito maior e mais traumático do que no público masculino, pois, além de as madeixas serem uma marca da sua personalidade, as mulheres também as têm como um objeto de sedução.
Apesar de existirem aspectos diferentes entre a calvície feminina e a calvície masculina, há muitas mulheres que acabam buscando para o seu próprio uso alguns dos tratamentos a que os homens aderem no combate à calvície.
E, na maioria das vezes, até mesmo por desconhecerem as causas que estão desencadeando a sua alopecia, o resultado é que, em vez de atenuá-la, elas podem vir a agravá-la, além de provocar reações adversas à sua saúde.


finasterida propecia mulheres
Atualmente, entre os medicamentos mais utilizados pelos homens para o tratamento da calvície, está a finasterida, comercializada com os nomes de Proscar, Propecia e Finalop, entre outros. Trata-se de um princípio ativo voltado exclusivamente àqueles cuja calvície é de ordem hereditária, cientificamente chamada de “alopecia androgenética”.
A principal propriedade dessa medicação consiste em inibir a 5-alfa-redutase, uma enzima que converte a testosterona em dihidrotestosterona (DHT), hormônio responsável pela miniaturização dos folículos pilosos. Ou seja: inibindo-se a produção da enzima, diminui-se também a conversão de testosterona em DHT, evitando-se o enfraquecimento dos fios.
Assim como no público masculino, a herança genética da calvície também é determinante no público feminino. No entanto, apesar de a hereditariedade ser um elemento comum a ambos, o uso da finasterida não é recomendado para as mulheres em idade fértil, pois a absorção do remédio por mulheres grávidas pode provocar a malformação no feto do sexo masculino (anormalidades na genitália externa, feminização).
Mesmo em mulheres que já tenham dado à luz e que estejam apenas amamentando, o risco permanece, já que a finasterida pode estar presente no leite materno.

Engravidar de um homem que usa finasterida é um risco à formação do feto?

finasterida na gravidezMuitas mulheres ficam extremamente preocupadas quanto à possibilidade de engravidar do parceiro sexual que utiliza esse medicamento, pela possibilidade de efeitos indesejáveis. Essa preocupação advém do fato de que a finasterida é encontrada no sêmen de pacientes que utilizam a medicação.
Mesmo que em quantidades mínimas, ela teoricamente poderia entrar na corrente sanguínea da mãe por meio da absorção da mucosa vaginal após a relação sexual. Desta forma, mesmo não tomando a medicação, a mulher e – portanto – o feto estariam expostos à medicação.
Mesmo que seja uma possibilidade muito pequena e que não haja registros de consequências em filhos de pais que utilizam a finasterida, a orientação é para que se suspenda a medicação durante a gravidez.

“Os meus cabelos estão caindo muito! O que devo fazer, então?”

Na dúvida sobre como combater a calvície, a primeira coisa a ser feita é o agendamento da consulta com o médico da área, que é o dermatologista/tricologista. Somente o especialista será capaz de realizar uma correta avaliação do caso, verificando se há ou não a necessidade de solicitação de exames, diagnosticando o que está originando a excessiva perda de cabelo.
Portanto, nada de se automedicar!
Com o diagnóstico preciso, é o dermatologista/tricologista quem poderá indicar o tratamento mais adequado à paciente, cujos fios podem estar caindo em decorrência de disfunções hormonais, devido à deficiência de vitaminas ou, entre outras possibilidades, até mesmo devido às químicas aplicadas no cabelo.

Fonte Tricosalus

domingo, 8 de dezembro de 2013

Alopecia areata e a teoria do colapso do privilégio imunológico




A publicação New England Journal of Medicine trouxe, no último mês de abril, um excelente artigo de revisão sobre alopecia areata escrito por Gilhar, Etzioni e Paus.

No artigo encontramos uma excelente explicação sobre a teoria do colapso do privilégio Imunológico que já havia sido apresentada em outros trabalhos de Paus ao longo dos últimos anos, como apresentado na figura abaixo extraída do próprio artigo.

Privilégio: imunológico é a capacidade de nossas células imunológicas reconhecerem as células de nosso corpo como sendo nossas e não como sendo estranhas. Essa capacidade é o que garante que nosso sistema imunológico não ataque as células de nosso próprio corpo e que só combata células tumorais ou células estranhas (bactérias, vírus, fungos).

No paciente com predisposição ao colapso do privilégio imunológico, há uma maior susceptibilidade de algumas de nossas células de perderem a capacidade de expressarem na superfície de suas membranas informações que são reconhecidas pelas células imunológicos de nosso corpo como sendo nossas. No caso de pacientes com alopecia areata, esse parece ser um dos motivos para o aparecimento do problema.

Os chamados agentes coestimulantes, como traumas, infecções e estresses, afetando o comportamento de mediadores químicos e, com a colaboração de algumas células do sistema imunológico (mastócitos, linfócitos CD8 + e células NK), acabam interferindo negativamente no processo para que aconteça o colapso do privilégio imunológico e o não reconhecimento das células dos folículos pilosos.

Em virtude disso o nosso sistema de defesa ataca os folículos de forma agressiva, em especial os folículos em fase de crescimento chamados de anágenos. Uma peculiaridade da alopecia areata é que o processo só acontece em folículos anágenos, ou seja, em folículos que estão promovendo crescimento capilar, interrompendo esse crescimento abruptamente e causando a perda de cabelos que caracteriza o quadro.
O melhor entendimento dessa teoria de colapso do privilégio imunológico pode ser um novo caminho para o surgimento de tratamentos mais efetivos para a doença, que ainda assusta muitos pacientes.

Há tempos venho acompanhando os estudos sobre a participação do colapso do privilégio imunológico nos casos de alopecia areata e posso dizer que sou um entusiasta do assunto, pois entendo que ele poderá trazer um novo prisma de opções de tratamentos para o problema.

Referências:
Gilhar A, EtzioniA, Paus R. Alopecia Areata. N Engl J Med. 2012;366:1515-1525.

Queda Capilar Após Quimioterapia


A queda capilar que ocorre após alguns tratamentos quimioterápicos é um efeito colateral relativamente frequente. Apesar de ser uma situação inerente ao tratamento de variados tipos de tumores, a queda capilar por quimioterapia é considerada traumática e assustadora pela maioria dos pacientes que passa pelo problema.

Muitos são os quimioterápicos envolvidos neste processo, veja lista abaixo:
Infelizmente, a queda capilar como consequência da quimioterapia pode ser intensa. Em pacientes que já estão com a parte psíquica comprometida em virtude de estar tratando de tumores ainda ter de passar pela queda capilar acaba sendo uma grande provação.

Se em condições normais de saúde a queda capilar já envolve situações de ansiedade, depressão e comprometimento da autoestima, em casos como os de pacientes que passam pela quimioterapia o sofrimento costuma ser ainda mais intenso.

Ao que parece, poucos são os métodos que envolvem uma maior proteção do paciente quanto a este tipo de queda capilar. Segundo alguns autores, o minoxidil pode reduzir a intensidade e o tempo de duração da alopecia causada pela quimioterapia. Outros estudos confirmam que o uso de mecanismos que geram resfriamento da pele do couro cabeludo parecem ser eficiente para diversos tipos de agentes quimioterápicos.

Dentro do ponto de vista profissional e pessoal me solidarizo muito com quem está vivenciando esta experiência. Acredito que ajudar o paciente no que diz respeito às questões de recuperação mais acelerada dos cabelos é uma medida que deve ser tomada sempre, e associada ao apoio psíquico.

Quando o insucesso no controle da queda de cabelos for inevitável não vejo problemas nenhum em o paciente utilizar métodos cosméticos (próteses) para camuflar a perda capilar. Estes métodos permitem um maior conforto ao paciente quando em convívio social e ajudam a manter a autoestima menos comprometida.
Quanto ao resfriamento de couro cabeludo, creio ser uma ótima e segura opção, apesar de não ser um método garantido para evitar o problema.
Não há conflito de interesses entre o autor deste texto e qualquer uma das medicações citadas para o tratamento de tumores.
O autor é contra a automedicação e sugere sempre que seja procurado um médico antes do uso de qualquer medicamento para qualquer tipo de problema capilar.

Referências:
Tosti A, Pazzaglia M. Drugs Reactions Affecting Hair: Diagnosis. Dermatol Clin. 2007;25:223-231.
Auvinen PK. The effectiveness of a scalp cooling cap in preventing chemotherapy-induced alopecia. Tumori. 2010;96(2): 271-275.
Trüeb RM. Chemotherapy-induced alopecia. Semin Cutan Med Surg. 2009;28(1):11-14.

Cirurgia bariátrica e queda de cabelo


Durante os anos de 2005 a 2008, estive junto com os profissionais de cirurgia da Obesidade do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo como médico pesquisador. Sob a supervisão do Dr. Arthur Belarmino Garrido e com a ajuda da equipe de psicologia do serviço, em especial da psicóloga e professora Marlene Monteiro, me deparei com um conjunto vasto de situações que me chamaram muito a atenção.

Em primeiro lugar, percebi que as técnicas de cirurgia que tornam mais difíceis a digestão e a absorção de alguns alimentos, por conta de uma menor capacidade de ingestão alimentar por parte dos pacientes, acabavam sempre causando perda de cabelos.

Que fique claro algo importante: nem todos os pacientes que fazem a cirurgia tem queda de cabelos após o procedimento, mas uma boa porcentagem, eu diria que em torno de 70% deles, acabam desenvolvendo este quadro.

Nesse período pude fazer estudos com pacientes que tinham feito a cirurgia há mais de dois anos e, em muitos casos, por conta do perfil alimentar desses pacientes, a queda de cabelo continuava presente.

Os pacientes mais problemáticos são aqueles que não seguem as orientações da equipe de cirurgia após o procedimento. Como os pacientes passam a ter um processo de má absorção de nutrientes de forma crônica, é natural que precisem de suplementos nutricionais, vitamínicos e minerais para a manutenção da saúde. Esta suplementação era frequentemente abandonada pelos mesmos, favorecendo complicações a médio e longo prazo, inclusive no que diz respeito às questões capilares.
Tive também a oportunidade de avaliar o uso de determinados aminoácidos e do laser de baixa potência em muitos casos de queda capilar de pacientes bariátricos. Os resultados foram muito interessantes, trazendo benefícios importantes em qualidade e quantidade de cabelos.

Os estudos que fizemos com os pacientes de cirurgia da obesidade no HC-FMUSP foram pioneiros no Brasil e pude apresentar muitos deles em eventos como o RADLA (Reunião Anual de Dermatologistas Latino-americanos), IFSO (International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders), Conferência Anual da International Association of Trichologists, 6th World Hair Research Congress, European Hair Research Congress e no Congresso Brasileiro de Cirurgia Bariátrica e Metabólica.
Apesar de não participar mais como pesquisador nessa área, ainda hoje posso aplicar na prática de meu consultório muitas das orientações que foram efetivas para a recuperação dos cabelos de pacientes bariátricos que constatei naquela época. Isso me ajuda muito nos cuidados com os meus pacientes que passaram pela cirurgia e chegam a mim com problemas de perda de cabelos.

Queda de cabelo em pacientes em tratamento antiviral para hepatite C



Recentemente atendi uma paciente que apresentou quadro de eflúvio telógeno agudo severo após terapia antiviral para tratamento de hepatite C. Por não serem pacientes tão frequentes (atendo poucos desses casos por ano) entendo que é sempre importante verificar o que a literatura médica nos trás de significativo para que possamos entender melhor o problema e, consequentemente, colaborar para a melhora do paciente com esse tipo de quadro.

Acabei encontrando a associação de quadros de quedas de cabelos com os principais medicamentos utilizados nos tratamentos antivirais da hepatite C, como ribavirina e terapias com interferons.

Na grande maioria dos artigos que pesquisei para me informar melhor sobre o problema, a queda capilar aparece relatada mais tardiamente do que no início da medicação. Como é comum a todo eflúvio, costuma continuar presente mesmo com a interrupção do contato do paciente com o fator causal de queda, portanto, podendo ainda incomodar o paciente por até cerca de oito meses depois de finalizado o tratamento.

Como todo eflúvio telógeno, a eliminação da causa por si só é uma das formas de solução do problema, mas é comum aos pacientes uma certa ansiedade e medo do quadro evoluir para uma calvície mais ampla e de a recuperação ser lenta e gradativa.

Ao constatar o problema após a história clínica e exame físico, entendo que o melhor a fazer nesses casos é utilizar técnicas que se baseiam na biomodulação e com isso acelerar a recuperação capilar. Apesar de sabermos das limitações nos resultados, visto que o cabelo tem seu tempo para voltar a nascer com saúde, é possível conseguir uma certa antecipação da melhora capilar e uma redução da ansiedade do paciente e consequente aumento da autoestima.

Por fim, vale lembrar que em virtude da gravidade da hepatite C e da seriedade do tratamento do problema, cabe ao médico que cuida de cabelos estar sempre atento para evitar efeitos colaterais e reações adversas nos pacientes que estão recentemente se recuperando de uma terapia como esta.

Referências:
Brett Hauber A, et al. Patient preferences and assessment of likely adherence to hepatitis C virus treatment. J Viral Hepat. 2011;18(9):619-27.
Shafa S, Borum ML, Igiehon E. A case of irreversible alopecia associated with ribavirin and peg-interferon therapy. Eur J Gastroenterol Hepatol.2010;22(1):122-3. 
 
 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

CALVÍCIE E OS CHAPÉUS

Chapéus tem culpa no aparecimento da calvície?

Chapéus tem culpa no aparecimento da calvície?
13 de janeiro de 2012

Não é de hoje que chapéus são apresentados como possíveis causadores de calvície ou perda capilar. Muitos pacientes que chegam a minha clínica, em especial os homens, relatam o uso por muito tempo do boné em suas fases de adolescência e trazem essa informação na certeza de que este hábito contribuiu ou foi uma causa efetiva para o aparecimento da queda capilar. Mas será que podemos culpar os chapéus pela queda capilar?

Se analisarmos estatisticamente podemos afirmar que não, visto que vemos diariamente muita gente que não tem histórico de uso de chapéu e ainda assim desenvolve a calvície. Mas de onde vem este argumento de que o chapéu é um dos culpados pelo problema? Certamente desde muito tempo atrás. E lendo o livro Baldness - A Social History, encontrei informações de grande relevância sobre o mito do chapéu. Vamos então ver de onde vem essa antiga e importante crença que preocupa tantos calvos até os dias de hoje.

Em 1868, em uma revista de circulação médica, o Dr. A.F.A. King afirmou que o uso de chapéu era o grande culpado pela calvície. Sua explicação para o surgimento do problema em virtude do uso do chapéu vinha do comprometimento da circulação da cabeça que ficava reduzido pela compressão exercida pelo chapéu nas artérias que nutrem o couro cabeludo.

O Dr. King também foi o primeiro a sugerir uma solução para o problema, que estava relacionada à confecção dos chapéus. Estes deveriam provocar uma menor pressão do couro cabeludo na área onde passam os vasos sanguíneos mais importantes para a nutrição do couro cabeludo.

Pode até ser que a ideia do chapéu ser uma causa de calvície tenha surgido antes, mas foi o Dr. King quem postulou isso primeiramente em uma publicação científica. Após seu trabalho, muitos outros médicos e pesquisadores aderiram ao argumento e reforçaram o mesmo, uma vez que as regiões laterais e dorsal do couro cabeludo normalmente não são cobertas pelos chapéus e, consequentemente, não sofrem a compressão que faz com que os cabelos caiam.
No final do século 19, alguns pesquisadores afirmavam a presença de um fator hereditário como causa da queda capilar e utilizavam isso como uma forma de prevenir a calvície em descendentes de calvos. Porém, na grande maioria das vezes ainda davam uma importância relativamente alta ao uso do chapéu como desencadeador do processo. A orientação era: filhos de calvos devem evitar o uso de chapéus sob o risco de desenvolverem a calvície.

O uso de chapéus para alguns provoca maior sudorese e calor na área coberta, o que também era uma motivação para se acreditar na calvície provocada pelo uso desse acessório. Afinal, diziam os especialistas, por que a região da barba, sempre descoberta, não desenvolvia nenhum tipo de rarefação enquanto que o topo da cabeça sim?

O formato da cabeça também parecia ter relativa importância. Uma vez que os chapéus tinham uma forma só e sofriam mudanças no que diz respeito ao tamanho. Se fosse escolhido o tamanho ideal de chapéu para determinada cabeça, ainda assim, a eventual compressão dos vasos sanguíneos provocava calvície em muitos, porém deixava outros ilesos. A explicação estava, então, no formato da cabeça. Alguns pacientes, com a cabeça mais fina e consequentemente menos susceptível à compressão dos vasos estavam livres do risco de perder os cabelos pelo uso do chapéu.

Foi no final da segunda Guerra Mundial que as descobertas sobre a verdadeira motivação da calvície foram sendo definidas pelos pesquisadores e, portanto, o chapéu deixou de ser culpado pelo problema. Isso ficou explícito em 1946 em um artigo publicado no The New York Times, que afirmava que chapéus não tinham nada a ver com a perda de cabelos.

A partir deste momento as verdadeiras causas da queda capilar foram sendo cada vez melhor entendidas pelos pesquisadores, e os chapéus deixaram de ser apontados como culpados, como ocorria antes.

Ainda assim, parece existir no inconsciente coletivo da população, como um todo, uma preocupação muito grande com o uso do chapéu em pessoas com risco de desenvolver calvície.
Na minha avaliação médica entendo que o uso do chapéu pode sim agravar eventuais dermatites ou quadros de caspa, que evoluem de uma seborreia preexistente, em virtude do aumento do calor, produção de oleosidade e umidade que eles acabam provocando no couro cabeludo de quem os usa constantemente.

O mesmo vale para capacetes de motos. Quando agravam dermatites podem provocar quedas de cabelo por dermatite dependente, que, de certa forma, quando presente, agrava a calvície do paciente.
Porém essa predisposição à calvície ou a própria calvície em evolução devem estar presentes no couro cabeludo do paciente para que a dermatite induzida pelo uso do chapéu venha agravá-la. Do contrário, o chapéu não tem realmente nenhum motivo para causar a calvície.

Uma dica que dou a meus pacientes é manter sempre o couro cabeludo bem limpo e higienizado, e os chapéus, bonés, gorros ou capacetes também sempre limpos para evitar qualquer tipo de problema. No mais, todo e qualquer tipo de motivação para o aparecimento da calvície, como já se sabe, tem origem genética e hormonal.

Fonte: Dr. Ademir Junior

fONT

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

IMPRIMIR CABELO?

 
 
 
 
segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Wladimir Mironov - O homem que quer imprimir cabelo em carecas

A revista Info Exame desse mês trás uma matéria de capa interessantíssima. Fala sobre o trabalho do pesquisador russo Wladimir Mironov, um cientista que estuda bioimpressão e que tem como objetivo imprimir órgãos e tecidos humanos em 3D.
Mironov realiza parte de seu trabalho no Brasil, no Centro de Tecnologia e Informação (CTI), em Campinas, órgão ligado ao Ministério da Ciência.
A bioimpressão parte do princípio de que há a possibilidade de realizar a impressão, com tinta biológica formada por células vivas, de tecidos e órgãos para serem implantados no corpo. Inicialmente, num período de até uma década, o cientista acredita que conseguirá imprimir tecidos cartilaginosos. Até 2030, Mironov e o governo americano acreditam que poderão ser impressos órgãos completos.
Apesar de ser uma ideia que parece ficção científica, as bases para que essa tecnologia venha a se tornar realidade já são pesquisadas por Mironov há pelo menos duas décadas.
No próprio CTI, um braço robótico de quase dois metros de altura chamado Tamanduarm, pretende vir a ser utilizado para imprimir células diretamente no corpo de pacientes.
Tamanduarm
Mironov tem sua formação em medicina e trabalhou em institutos de pesquisa da Alemanha e Estados Unidos, incluindo uma empresa americana chamada Organovo, a primeira no mundo a criar uma máquina comercial capaz de imprimir tecidos biológicos.
Veja as imagens de como a tecnologia estudada por Wladimir Mironov poderá colaborar na criação de órgãos e tecidos para serem impressões antes de serem implantados ou diretamente impressos no corpo.
Além de imprimir órgãos o russo pretende criar um braço robótico para curar feridas com jatos de tinta viva e uma forma de eliminar a calvície imprimindo cabelo diretamente na pele.
Para os tratamentos de calvície, Mironov desenvolveu uma tecnologia chamada de Capilinser, cujo objetivo principal é prender células de cabelo no couro cabeludo. Utilizando o equipamento Tamanduarm (mostrado nesse post), os Capilinsers recheados de células dos folículos pilosos seriam colaboradores no desenvolvimento de estruturas foliculares novas e, consequentemente, novos fios de cabelos.
Estaria ai uma possibilidade para o futuro do tratamento da calvície? Pode ser que sim. A questão é que Wladimir Mironov acredita que em breve muitas de suas ideias possam ser viáveis e trazidas para a realidade de hospitais e clínicas para tratar pacientes com os mais variados problemas. A calvície seria uma delas.
Quer ler a matéria de Wladimir Mironov? Revista Info Exame de novembro de 2013. É a matéria da capa.
 
Blog  -  Tricologia Médica

 

quarta-feira, 23 de outubro de 2013




 
Alguns dados interessantes sobre os cabelos são que:

Temos em torno de 100 a 150 mil fios de cabelo.

Por dia, cai em média, 100 a 150 fios e nasce por mês um centímetro de cabelo.

Se você tem queda de cabelo, calvície, cabelos fracos ou quebradiços, a solução pode estar em tratamentos específicos feitos no consultório de um médico tricologista.



Dr. Diego Iida

terça-feira, 22 de outubro de 2013

CALVÍCIE - CIENTISTAS CONSEGUEM FAZER CRESCER CABELO HUMANO EM LABORATÓRIO - AGUARDEM 5 ANOS!!!!!


Edição do dia 22/10/2013
22/10/2013 14h06 - Atualizado em 22/10/2013 14h07

 Cientistas da Grã-Bretanha e dos EUA apresentaram um avanço na busca por um tratamento para a calvície. A nova técnica abre espaço para transplantes de células, que vão fazer um novo cabelo crescer.

Cientistas conseguem fazer crescer cabelo humano em laboratório

Experimento foi feito por pesquisadores britânicos e americanos.
Resultado dá esperança para quem sofre com a calvície.


Alan Severiano Nova York

 

Cientistas britânicos e americanos apresentam o resultado de uma pesquisa que dá esperança para quem sofre com a calvície. Eles fizeram crescer cabelo humano em laboratório.
Os pesquisadores multiplicaram células do cabelo de sete pessoas, que foram implantadas em tecido humano enxertado em ratos. Depois de um mês e meio, cinco dos sete transplantes geraram novos folículos capilares, responsáveis por produzir cabelo.
De acordo com os cientistas, a pesquisa pode abrir caminho para tratamentos mais eficazes do que os remédios que são vendidos atualmente e do que o implante de cabelo.
O método pode funcionar também em mulheres, para quem o transplante não costuma ser recomendado. A cura da calvície é uma descoberta que vale milhões de dólares. Agora, é esperar pelos resultados.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

TRANSPLANTE SEM CORTE


16/10/2013 10h28 - Atualizado em 16/10/2013 12h00

 Benefícios das cirurgias sem corte

 

VEJA VÍDEO AQUI:  

 http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/10/medicos-explicam-como-sao-feitas-e-os-beneficios-das-cirurgias-sem-corte.html


Bem Estar desta quarta-feira (16) explicou como procedimentos são feitos.

Do G1, em São Paulo
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Na área da dermatologia, existe ainda o transplante de cabelo feito com uma técnica bem menos invasiva, como mostrou a reportagem da Natália Ariede.
Para evitar a cirurgia, os médicos retiram folículo por folículo do couro cabeludo através de uma espécie de caneta com uma ponta bem fina. Nesse caso, a cicatrização ocorre sem a necessidade de pontos e de uma maneira muito mais discreta.

QUEDA DE CABELO - O QUE INFLUÊNCIA?




Disfunções hormonais e perda de peso influenciam queda de cabelo

Dermatologista Márcia Purceli esteve no Bem Estar desta quarta (13).
Endocrinologista e consultor Alfredo Halpern também falou do problema.



Cabelos bonitos e saudáveis exigem cuidados especiais, tanto para evitar quedas como quebras. Fios que caem demais podem indicar um problema de saúde ou ser um sinal de que a tintura no cabeleireiro não está sendo aplicada da forma correta.
Para falar sobre o tema no Bem Estar, estiveram presentes nesta quarta-feira (13) a dermatologista Márcia Purceli, do Hospital Albert Einstein, e o endocrinologista Alfredo Halpern, que também é consultor do programa.
Segundo Márcia, é preciso ver se o cabelo está quebrando e se soltando em seguida ou se está caindo diretamente do couro. Além disso, é importante saber se essa é uma situação do momento (como depressão e estresse), um problema orgânico ou uma falha no folículo capilar. De cada ponto, nascem de dois a três fios. Com a queda, há um espaçamento maior entre os folículos, e os fios ficam mais finos.
Queda e quebra de cabelo (Foto: Arte/G1)
Uma pessoa tem em média 150 mil fios, e vários caem diariamente em um ciclo com começo, meio e fim, até serem substituídos por novos. Quando alguma área começa a ficar completamente careca, é hora de procurar um médico, pois pode haver uma doença no couro cabeludo.
Para um rastreamento inicial, por exame de sangue, pode-se consultar um clínico geral, destacou Márcia. E, entre os alimentos que podem melhorar o problema estão carne vermelha, fígado, arroz e feijão.
Algumas causas da queda capilar são mudanças de estação do ano, como verão e outono; escova progressiva, privação alimentar, anemia (falta de ferro), febre muito alta, infecções e distúrbios na glândula tireoide. Na gravidez, o problema costuma ser interrompido, por causa dos hormônios da gestação.
O excesso de produção de testosterona, hormônio cuja ação é genética (de ambos os pais), também pode levar à calvície. E, ao contrário do que se pensa, bonés não provocam calvície, mas podem piorar doenças como a dermatite seborreica e desencadear queda.
O Bem Estar falou, ainda, da polêmica da finasterida, remédio que evita a calvície em homens e pode colocar em risco o desempenho sexual em 2% dos casos. E, da cidade de Alto Araguaia (MT), a professora Polleyka Fraga contou que sofre com a queda de cabelo após ter feito uma cirurgia de redução de estômago.
No estúdio, a gerente de compras Fabiana Pavão e a universitária Marta Franco revelaram que têm queda acentuada de fios, mas um volume normal. Já Marta fez uma série de tratamentos químicos antes de apresentar o problema. Hoje, tenta reduzir os efeitos com xampu antiqueda, mas os fios perderam volume e mudaram de cor. Segundo a médica, ela já pode ter dado início a um quadro de calvície feminina.
Contra a quebra, máscaras de tratamento (caseiras ou industrializadas) à base de cremes e queratina ajudam a restaurar a camada externa dos fios. Isso os protege de condições ambientais como vento, baixa umidade e radiação ultravioleta. A maioria dos produtos químicos e o excesso de calor, porém, levam à quebra, e não a queda, do cabelo.

TRANSPLANTE FEMININO


QUEDA DE CABELOS

ALGUNS TIPOS DE QUEDA



Eflúvio telógeno – Ocorre após doenças, cirurgias, uso de medicamentos e gestação. Geralmente aparece de quatro a seis meses após o evento, com queda de muitos fios, mas não chega a deixar as áreas sem cabelo. Normalmente melhora com a cura da doença, ou com o próprio tempo.

Alopecia androgenética – Conhecida como “calvície masculina”, atinge também as mulheres – que não chegam a ficar carecas, mas perdem muitos fios na área frontal. O que ocorre, tecnicamente, é a “miniaturização dos pelos”: eles se transformam em penugem.

    A alopécia androgenética é geneticamente determinada, mas fatores hormonais bem específicos também ajudam no processo de miniaturização. Este tipo de queda de cabelo piora com o passar do tempo se não for tratada.

Alopecia Areata – Ocorre por um processo de “liga-desliga” do pelo, em que ele é microscopicamente atacado por uma reação inflamatória. Geralmente acontece perda dos fios de forma localizada, formando placas sem pelos, sem nenhuma alteração da pele do couro cabeludo. Estas placas podem aumentar e se juntarem, formando grande área calvas. De acordo com a doutora Claudia, o tratamento é realizado com medicamentos específicos.
Alopecia por Infecção fúngica – Muito comum em crianças e raríssima em adultos. Os sintomas são: pelos partidos, descamação e coceira. O tratamento é realizado com antifúngicos orais específicos.

Alopecias cicatriciais – como o próprio nome diz, vem de uma cicatriz – o folículo do pelo é substituído por fibrose. É como substituir uma plantação por um chão cimentado – nada mais nasce ali. Há diversas causas, desde cicatriz cirúrgica até doenças em que a cicatriz é uma manifestação da própria doença; exemplo: Lupus, esclerodermia, líquen plano, etc. O couro cabeludo é extremamente liso e endurecido (como as cicatrizes).

CALVÍCIE E A ALIMENTAÇÃO


Depois que comecei a tratar a minha queda de cabelo, mudei alguns hábitos do meu dia-a-dia: passei a dormir melhor, voltei a fazer exercícios e comecei a prestar mais atenção à alimentação.

Além dos fatores emocionais, descobri que o meu problema também estava relacionado à falta de ferro no organismo.

Num bate-papo informal com a doutora Andréia Mateus Moreira, coordenadora do departamento de Cosmiatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, descobri que alimentos ricos em ferro e vitamina B12 são muito importantes para manter as madeixas fortalecidas e nutridas.

“Eles são importantes para o crescimento dos cabelos e ajudam na nutrição do folículo piloso, principalmente no caso das mulheres”, esclarece a especialista.

Bem... eu que sempre abominei verduras e alimentos do tipo, passei a incluir no meu cardápio verduras como espinafre, agrião, bertalha e brócolis, todas aconselhadas pela doutora Andréia.

Ah... se eu tivesse ouvido a minha mãe, nada disso teria acontecido... agora tenho que comer ''verde'' de qualquer jeito. Rsrsrs

E você? Já teve melhoras no seu tratamento devido à alimentação? 


Fonte: Blog Antiqueda  por Shaulla Figueira e Fabiano Leal

TRANSPLANTE DE CABELO

Existem mais de 100 causas diagnosticadas para a indesejável queda de cabelo. Dentre elas, a mais comum é a chamada alopecia androgenética, popularmente conhecida como calvície. A doença pode atingir homens e mulheres por razões distintas e, quanto antes for iniciado um tratamento, maior a chance de estabilizar o problema.
Transplante de cabelo só para maiores de 30 anos A calvície é causada por um fator genético associado à interferência hormonal. No caso do homem, o hormônio masculino – testosterona - viaja pela circulação sanguínea até chegar à raiz que produz o cabelo. Na parede da raiz, existe uma enzima que, em contato com a testosterona, produz uma reação química que resulta em outro hormônio – o DHT (dihidrotestosterona) - provocando um enfraquecimento dessa raiz e, por consequência, a queda dos pelos.
Algumas pessoas têm maior produção dessa enzima. São as que têm maior tendência a sofrerem queda de cabelo acentuada, que pode levar à calvície.
Este específico fator genético é individual, ou seja, da constituição da própria pessoa e não necessariamente hereditário. É comum ver filhos de pais calvos que não sofrem com o problema, ou vice-versa.
Quando acontece, normalmente os fios vão afinando em função de suas raízes enfraquecidas. Geralmente o homem, com uma forte tendência à calvície, começa a sofrer com a queda de cabelo no final da adolescência, a partir dos 17 ou 18 anos de idade.

Queda diária

Uma pessoa sem problema de calvície perde, em média, de 50 a 100 fios de cabelo por dia. Os fios caem porque já cumpriram o seu ciclo de vida. Depois de nascer, permanecem na cabeça por cerca de dois anos até caírem, abrindo espaço para o surgimento de novos fios.
“Todos nós perdemos cabelos ao longo da vida, ao que chamo de perda fisiológica. Não teremos, aos 60 anos, a mesma quantidade de fios que tínhamos aos 20. Mas essa perda é natural e não é suficiente para causar uma calvície acentuada”, explica o médico dermatologista do Hospital Israelita Albert Einstein, especialista em transplante de cabelo, Dr. Francisco Le Voci.
Nas pessoas com tendência a uma queda acentuada, é comum a perda média de até 500 fios por dia.

Diagnosticando o problema

Os homens demoram mais tempo do que as mulheres para perceberem o nível de queda diária porque, na maioria das vezes, mantém seus cabelos mais curtos.
É bastante raro um homem tornar-se calvo a partir dos 35 anos sem ter notado quedas a partir do final da adolescência.
Por uma característica anatômica das raízes, é mais comum ver homens que são calvos apenas no topo da cabeça. Isso acontece porque na região lateral - e principalmente na nuca - as raízes são mais fortes do que na região que vai da testa até a chamada ‘coroa’.

Calvície feminina

A calvície feminina geralmente tem duas razões principais. Algumas contam com uma produção de testosterona maior do que a normal; outras têm a produção normal, mas maior sensibilidade na captação desse hormônio pelas raízes do cabelo.
Quando há desconfiança de que a mulher está produzindo testosterona acima das taxas normais o médico, antes mesmo do tratamento da calvície, deve diagnosticar a razão desta alta produção e tentar diminuí-la.
Diferentemente dos homens - que em geral perdem cabelo acentuadamente enquanto jovens - nas mulheres, a queda pode acontecer ao longo dos anos, dependendo do seu comportamento hormonal e do uso de medicamentos (por exemplo: alguns tipos de pílulas anticoncepcionais, de antidepressivos e emagrecedores com princípios ativos que atuam na tireoide).
Oitenta por cento das mulheres que já passaram pela menopausa relatam acentuação na queda - que pode ser leve, moderada ou severa.

Tratamento

O ideal é procurar um tratamento o mais precocemente possível!
O tratamento com medicamentos deve ser realizado enquanto o paciente ainda tem cabelos; por isso a importância de se iniciar o tratamento o quanto antes.
Assim que começarem a aparecer ‘entradas laterais’ e a queda de cabelo - no banho, no travesseiro e na hora de pentear - deve-se procurar um médico dermatologista para tentar estabilizar ou reduzir o problema.
“O tratamento com medicamentos deve ser realizado enquanto o paciente ainda tem cabelos; por isso a importância de se iniciar o tratamento o quanto antes. Ainda não existem medicamentos que façam nascer cabelos se as raízes já estiverem atrofiadas. O tratamento precoce diminui o enfraquecimento da raiz”, explica o dermatologista do Einstein.

Transplante

O transplante de cabelo é indicado principalmente para indivíduos acima de 30 anos.
“Antes disso, com o paciente muito jovem, o procedimento geralmente não é indicado porque ainda não é possível saber de que forma a calvície pode evoluir em seu caso. Preferimos esperar”, afirma o médico.

Estresse

Apesar da causa principal de calvície ser o fator genético associado à interferência hormonal, o estresse também pode ser motivo para uma fase de queda de cabelo mais intensa.
A pele e o sistema nervoso têm a mesma origem embriológica, ou seja, são formados juntos enquanto somos embriões. Durante a vida, nos momentos de estresse, ocorre a liberação de substâncias pelo sistema nervoso que podem atingir os receptores da pele, da qual os cabelos fazem parte. Sendo assim, os cabelos também podem sofrer nos períodos de estresse.
Veja mais informações sobre o Estresse, seus sinais, causas e tratamentos

Outras causas

Além do estresse, outros tipos de alteração hormonal, carência de proteína e de ferro no organismo, anemia, perda de peso e uso de medicamentos como os de quimioterapia, entre outros, também provocam aceleração da queda.

Perspectivas

Já existem muitos estudos em relação à utilização de células-tronco na reconstituição de raízes capilares fracas ou atrofiadas. Acredita-se que em cinco ou 10 anos essas células possam começar a ser usadas para refazer as raízes e prevenir a chamada “careca” nos indivíduos que têm tendência à doença.

MICROPIGMENTAÇÃO CAPILAR


QUEDA DE CABELOS E ENGROSSAMENTO DOS FIOS


TESTE DE PERSONALIDADE




1. INTROSPECTIVO SENSÍVEL - PENSATIVO: Você se desentende consigo mesmo e como com o seu meio mais frequente do que a maioria das pessoas. Você detesta superficialidade, e prefere permanecer isolado do que sofrer com um diálogo banal . Mas o relacionamento com amigos é intenso e profundo, o que lhe proporciona tranquilidade e harmonia espirituais indispensáveis para que se sinta bem. Todavia, não se preocupe com o isolamento, mesmo que seja por longos períodos de tempo, é uma circunstância que não o aborrece.

2. INDEPENDENTE NÃO CONVENCIONAL – DESEMBARAÇADO: Você exige liberdade e vida descompromissada para escolher o seu destino. Tem talento artístico no trabalho e no lazer e, algumas vezes, seu desejo de liberdade o leva a proceder de maneira oposta ao que se espera de você. Seu estilo de vida é altamente individualístico. Você jamais imita cegamente o que está na moda, ao contrário, procura viver de acordo com suas próprias ideias e convicções, mesmo que isto signifique nadar contra a corrente.

3. DINÂMICO VIGOROSO – EXTROVERTIDO: Você está muito inclinado a aceitar certos riscos e assumir importantes compromissos em troca de tarefas variadas e interessantes. A rotina, ao contrário, tende a exercer efeito paralisante sobre você. O que você mais aprecia é desempenhar um papel ativo nos acontecimentos. Assim procedendo, sua capacidade de iniciativa torna-se bastante acentuada.

4. OBJETIVO EQUILIBRADO – HARMONIOSO: Você valoriza um amor e um estilo de vida simples e descomplicados. As pessoas o admiram porque tem os dois pés firmemente plantados no chão e assim podem se tornar dependentes de você. Você oferece espaço e segurança aos amigos íntimos. Seus dotes são considerados humanos e calorosos. Rejeita o trivial e extravagante. Tende a ser cético em relação a fantasias e modismos. Sua roupa tem de ser prática e discretamente elegante.

5. PROFISSIONAL PRAGMÁTICO – AUTO CONFIANTE: Tem pleno domínio da vida e deposita menos fé na sorte do que em seus feitos. Soluciona problemas de modo simples e prático. Tem visão realística dos acontecimentos quotidianos e os manipula sem hesitação. Grande parcela de responsabilidade no trabalho lhe é conferida porque todos sabem que podem depender de você. Sua grande força de vontade transmite autoconfiança aos outros. Jamais se sentirá totalmente satisfeito enquanto não tiver realizado suas ideias.

6. TRANQUILO PRUDENTE – PACÍFICO: Você despreza formalidades sem causar embaraços a outros. Suas amizades são feitas facilmente, mas aprecia a privacidade e a independência. Gosta de se afastar de tudo e de todos de tempos em tempos para contemplar o significado da vida e alegrar-se consigo mesmo. Requere espaço, e por isso se refugia em lugares ermos e bonitos. Entretanto, não é uma pessoa solitária. Está em paz consigo mesmo e com o mundo, e gosta da vida e do que ela tem para oferecer.

7. DESPREOCUPADO BRINCALHÃO – ALEGRE: E procura desfrutá-la em toda a sua plenitude, de acordo com o refrão:  Somente se vive uma vez, Se mostra interessado e aberto a tudo o que é novo; as mudanças alimentam seu espírito. Nada é pior do que quando se sente tolhido em sua liberdade. Vive seu ambiente como algo versátil e sempre em condições de lhe brindar com uma surpresa.

8. ROMÂNTICO SONHADOR – EMOTIVO: Muito sensível, Recusa-se a analisar os fatos somente sob o ponto de vista frio e racional. Só se importa com o que os sentimentos dizem e acha importante Ter sonhos na vida. Rejeita quem despreza o romantismo e se deixa guiar somente pela racionalidade e recusa qualquer limitação à rica variedade de seus impulsos e emoções.

9. ANALÍTICO CONFIÁVEL – DETERMINADO: Sua sensibilidade representa o que é durável e de alta qualidade. Em consequência, gosta de cercar-se de pequenas preciosidades, que descobre onde outros ignoram. Assim sendo, a cultura desempenha papel especial em sua vida. Você encontrou seu estilo pessoal, elegante e exclusivo, sem fantasias ou modismos. O ideal, sobre o qual você baseia a vida, é o prazer associado à cultura. Valorizas um certo nível de cultura nas pessoas com quem se associa.