FOLÍCULO PILOSO

FOLÍCULO PILOSO

sábado, 13 de abril de 2013

PERDA CAPILAR - PARALELO COM AS PINTURAS DE HIERONYMUS BOSCH POR DR. ADEMIR JUNIOR



Hieronymus Bosch foi um artista holandês dos séculos XV e XVI. Segundo o que se conhece de sua obra, uma boa parte de trabalhos retrata figuras que ao primeiro olhar parecem confusas, mas que após uma avaliação detalhada expressam uma complexidade raramente demonstrada por qualquer outro artista. Em especial quando representava cenas que, simbolicamente remetem ao pecado e às angústias humanas. 
O Jardim das Delícias - Hieronymus Bosch
É possível que o surrealismo tenha surgido com certa influência das obras de Bosch, já que a criatividade e a fantasia presentes dos mundos criados pelo artista transcendem a estética e a organização das imagens paisagísticas ou retratos convencionais, sendo, então, mesmo separados por séculos, algo muito mais próximo do surrealismo como movimento estético do que qualquer outro movimento artístico. 
A arte de Bosch é confusa, tumultuada, poluída e angustiante. Até mesmo quando representa o Jardim do Éden, Bosch consegue criar uma paisagem provocativa e carregada de um ar de tensão e movimento que  trazem uma nova forma de perceber o paraíso. 
Quem se coloca frente a um trabalho de Bosch raramente consegue manter seus olhos fixos em cenas isoladas. A riqueza de detalhes e informações atraem e convidam o observador a olhar em todas as direções. É fato que em um primeiro momento pode atordoar com o conjunto de formas, cores e imagens que se acumulam em toda a extensão da obra. 
Há cinismo, maldade, repugnância, reflexão, prazer, sexualidade e paz em meio ao universo de confusão criado por Bosch. E, apesar de indumentárias e de imagens contextualizadas à época em que Bosch viveu, sua obra tem algo de atual. Na verdade muito de atual.
Ainda que exista muita gente que se sinta feliz, alegre e em paz, é fato que hoje há muita ansiedade, angustia e tensão no ar. Como nas obras de Bosch. O estresse e a agitação das pessoas nas grandes cidades e, até mesmo nas médias e pequenas, correndo todo o tempo e buscando algo que as completem sem ao menos saber como preencher o vazio que sentem, faz com que as pessoas percam o foco. Muitas informações, das que nos chegam aos montes, favorecem ainda mais a perda desse foco, e, por serem superficiais e ou desnecessárias, contribuem para que a desorganização se estabeleça em nosso cotidiano.
As cobranças, exigências e responsabilidades nos sobrecarregam e fazem com que não consigamos viver de forma plena a preciosa sequência de pequenos momentos que fazem parte de nossa vida e que deveriam construir a nossa realidade. Ansiando e sofrendo pelo futuro acabamos deixando de viver o presente. Medo, intranquilidade, frustrações, culpas e tristezas nos acompanham.
Temos fome, não de comida, mas de algo que nos falta e que não é o alimento do corpo. Parece ser o alimento da alma. Um vazio que parece ser impossível de preencher. E que, ainda que tenhamos a possibilidade de buscar no material tudo aquilo que queiramos, realizar os sonhos e desejos materiais, nos falta algo que não é palpável. Nos falta o que o dinheiro não compra.
Nesse cenário as doenças tem solo fértil para manifestar. Surgem cada vez mais cedo e, em muitas vezes mais incômodas porque ao paciente falta a paciência de refletir sobre os motivos que o levaram a adoecer. Tal qual todo e qualquer problema, o paciente (impaciente), quer tirar a doença da frente. Não quer que aquele incômodo seja MAIS UM motivo de preocupação. Espera que seu sofrimento vá embora logo, o quanto antes, que não seja crônico. A primeira pergunta que faz ao médico é: quanto tempo terei que tratar? Parece que não tem tempo de tratar. Mas se não trata uma hora terá obrigatoriamente que arrumar tempo, pois a doença expressa no corpo é a forma com que esse corpo e a alma do paciente tem de dizer ele: Tem alguma coisa errada contigo. Pare. Reflita. Mude. Cuide de você, de sua vida, de seu corpo. Tire férias. Coma melhor. Movimente-se, faça exercícios. Tire tempo para dormir. Relaxe. Deixe um horário na agenda para a diversão, o lazer. Se conseguirmos parar para escutar essa mensagem certamente a doença que em um primeiro momento parece algo mal e desconfortável, tornar-se-á didática, nos ensinando sobre como devemos fazer para evita-la ou trata-la através de mudanças em nossas vidas.
Até mesmo as doenças dos cabelos são, tal como ouvi o psicólogo Waldemar Magaldi Filho dizer em uma de suas palestras, UM PORTAL para o autoconhecimento. Um portal que nos mostra onde estamos errando, para onde estamos indo se não dermos uma guinada em nossas vidas. Se não pararmos para pensar sobre como, porque e para quem estamos vivendo.
Do contrário, o cenário de uma pintura de Bosch será a realidade de nosso entorno. Procure em livros ou na própria internet algumas das pinturas de Bosch. Permita-se olhar para elas com cuidado. Veja a mensagem que o artista deixou em suas obras. Depois olhe para os lados e perceba como anda nosso mundo atual. Como anda sua vida. Faça uma comparação com o trabalho de Bosch. Você perceberá que há semelhanças entre o fantasioso universo de Bosch e a nossa realidade. Faça uma reflexão, você quer mesmo viver num mundo confuso como o que estamos vivendo? Cheio de tensões, angústias e sentimentos que nos roubam a tranquilidade? Não acredito que é isso que você quer.
Minha sugestão: Mude. Faça sua vida melhor. Ouça as necessidades de seu corpo e de sua alma. Tenho certeza que a sua saúde, incluindo seus cabelos, agradecerão muito.






  1. Fiquei feliz de saber, através da amiga e Tricóloga Ly Marques sobre um evento de Tricologia que conta com a organização da própria Ly.  
    Aqui segue a chamada para o evento e o desejo de muito sucesso ao longo do dia de discussão sobre o tema Tricologia que a querida Ly se propos a fazer em sua cidade, a bela São João Del Rei, em Minas Gerais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SEU COMENTÁRIO SERÁ DE GRANDE VALIA PARA O NOSSO CRESCIMENTO.