Bimatoprost e o crescimento dos cílios em pacientes com alopecia areata

Já havia postado em Janeiro deste ano um comentário sobre o uso do ativo bimatoprost para o tratamento de cílios e sobrancelhas (Tratamento da perda de pelos de cílios e sobrancelhas).

Apesar de acompanhar publicações sobre o tema (uso de prostaglandinas), desde o começo da década passada em periódicos médicos sempre fui resistente ao uso deste tipo de produto por entender que seu custo era muito elevado e que poderíamos ter benefícios interessantes com o uso de outros ativos também de grande competência para a melhora do quadro de perda de pelos nestas áreas. 

Há mais de um ano venho acompanhando alguns casos de pacientes em tratamento com o bimatoprost e que sofreram com a perda de cílios e sobrancelhas causadas por alopecia areata. Mais do que o envolvimento estético que a perda de cílios e sobrancelhas pode trazer para quem sofre com este tipo de inconveniente, a questão funcional e a proteção oferecida pelos pelos destas áreas ficavam comprometidas pela sua ausência. 

Minhas observações são positivas, uma vez que os resultados que tenho visto após algum tempo de tratamento é bem interessante. Não vou dizer que é extremamente interessante. Minha avaliação, como descrevi no começo deste parágrafo é positiva. A melhora, se não total da reposição de fios nas áreas em questão é boa, permitindo um resultado estético e funcional que tem agradado os pacientes. 

Em julho de 2010 os pesquisadores Vila e Camacho publicaram no International Journal of Trichology um estudo cujos resultados foram considerados por eles mesmos bem interessantes. Concluíram que mais de 43% dos pacientes tratados tiveram resultados aceitáveis na melhora dos pelos nestas regiões, utilizando um tratamento considerado seguro. 

Fazendo uma reavaliação da melhora que eu tive com os pacientes que avaliei posso dizer que meus resultados ficaram muito próximos aos do estudo.

Como o uso do bimatoprost tem sido avaliado de forma cada vez mais ampla nos tratamentos de perda de cílios e sobrancelhas. Creio que no futuro a associação de ativos ao bimatoprost ou o uso de medicações por via oral possam vir a melhorar ainda mais os resultados para os pacientes que sofrem com o problema. Ainda assim, entendo que já temos um bom caminho trilhado por este ativo que foi liberado há pouco tempo para o uso na perda de pelos, e isto é muito bom.

O AUTOR NÃO TEM CONFLITO DE INTERESSES COM O LABORATÓRIO QUE PRODUZ O MEDICAMENTO CUJO FÁRMACO BIMATOPROST É O PRINCÍPIO ATIVO. 

Referências: 

Vila TO, Camacho Martinez FM. Bimatoprost in the treatment of eyelash universalis alopecia areata. Int J Trichology. 2010;2(2):86-88.