FOLÍCULO PILOSO

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domingo, 11 de novembro de 2012

Calvície



por Irineu Franco Perpetuo
Foto: Fernando Gardinali



foto fernando gardinali
Vista de longe, a calvície não deveria assustar. Afinal, fisiologicamente, o cabelo quase não tem utilidade. A ausência de fios não prejudica ninguém em termos de saúde. E gente calva por aí existe aos montes: todo mundo tem um calvo como amigo ou parente; ídolos do esporte raspam periodicamente a cabeça com orgulho; e há até uma marchinha de carnaval que proclama "ser dos carecas que elas gostam mais". "O cabelo é uma espécie de cunhado inútil, que apenas pede nutrientes ao organismo sem dar nada em troca", brinca Valcinir Bedin, médico tricologista (especialista em pêlos) e presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo (SP). "Ele tem uma função fisiológica pequena: a proteção do couro cabeludo", completa. Mas a calvície vem incomodando muita gente talvez pela freqüência com que ocorre. Estima-se que 50% dos homens apresentam algum grau até os 50 anos. "Para certos autores não seria doença, porque mesmo com incidência alta, ela não é limitante. Contudo, segundo definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), saúde é o bem-estar biopsíquico e social do indivíduo. Ora, o calvo não se sente bem socialmente", considera Bedin. "Acho que nenhum homem gosta de ser careca", reforça Denise Steiner, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia de São Paulo e co-autora, com o tricologista, do livro Viver bem com seu cabelo, Editora Kalys. "Há quem se conforme com a situação e talvez alguns tenham até um certo charme. Mas percebo que, quando o processo começa, independentemente das causas, o paciente lutaria, se pudesse, para não ficar calvo."
Um pouco sobre a calvície feminina
  Embora menos freqüente e mais branda, a calvície costuma ser um grande problema para a mulher. Ela não chega a perder totalmente o cabelo, mas sente um impacto emocional muito mais forte do que o homem. Felizmente, há soluções. Enquanto eles não podem usar medicamentos que afetem o hormônio masculino, para elas administra-se um grupo de drogas - chamadas antiandrógenos - para bloquear a ação destes hormônios que, sabe-se, causam o problema. O tratamento geralmente se dá à base de substâncias como a flutamida, a espironolactona ou o acetato de ciproterona.
 

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