Tatiane Mieko M. Fujii
Nutricionista,
formada pelo Centro Universitári
Camilo | Mestranda do programa de
Nutrição
em Saúde Pública da FSP/USP | Tem experiência em assessoria na
área de Alimentação Coletiva, com ênfase em estabelecimentos comerciais
| Atendimento em academias e como personal diet | É docente dos cursos
de extensão comunitária da Universidade Paulista (UNIP), de extensão
universitária e de pós graduação da Universidade Gama Filho (UGF) e dos
cursos de Nutrição e Tricologia do CAECI/SP.
Aspectos Nutricionais envolvidos na Alopecia Areata - parte 1 - Voltar
Por: Tatiane Mieko M. Fujii | E-mail: tatianefujii@flavyohamos.com.br
Alopecia
areata (AA) compreende um dos tipos de alopecia descritos na literatura
científica envolvido com aspectos nutricionais. Trata-se de uma forma
de alopecia não cicatricial, sendo a prevalência estimada de 0,1% a 0,2%
na população geral.
Não
existe idade certa para seu aparecimento, mas na maioria dos casos, as
primeiras manifestações clínicas ocorrem antes dos 16 anos de idade. Sua
etiologia ainda é discutível, pois abrange fatores genéticos,
imunológicos, psicológicos e até ambientais.
Em
estudo descritivo e retrospectivo baseado nas consultas clínicas de
dermatologia entre 2000 e 2008, publicado por Rocha e colaboradores
(2011)1, mostrou que dos 48 pacientes avaliados, a primeira
manifestação da doença variou de 2 a 16 anos de idade. Foi observado que
10% dos pacientes apresentaram história familiar da doença; 31%
possuíam histórico pessoal ou familiar envolvido com atopias (doenças do
sistema imune); além do papel do estresse, confirmado pelos estudiosos
por interferir no grau e evolução da AA.
Embora
nesse estudo não se tenha considerado a alimentação dos pacientes, cabe
lembrar que a nutrição é fundamental e essencial nessa fase da vida. Já
que a etiologia de origem genética/imunológica encontrada foi de 41%, o
restante pode ter, além do estresse, outro fator ambiental envolvido
como a dieta. Na figura 1, retirada do artigo, ilustra um caso de AA em
criança.
Sabe-se
que as carências nutricionais envolvidas com AA incluem as deficiências
energético-proteico, favorecendo cabelos quebradiços e sem brilho,
devido ao comprometimento da barreira capilar, uma vez que a irrigação
sanguínea da raiz do cabelo fica limitada pela falta de nutrientes.
Assim
como nas demais fases do ciclo da vida, é de suma importância garantir o
aporte nutricional adequado em crianças e adolescentes, visto que a
demanda por nutrientes é maior devido à fase de crescimento.
Alimentos
que possuem proteína de alto valor biológico (PAVB) são as de origem
animal, como carnes, aves, leites e derivados. Além disso, temos as
proteínas vegetais, encontradas nas leguminosas como feijões, soja,
grão-de-bico, ervilhas e nos grãos como quinoa, amaranto.
Outro
aspecto relevante a ser considerado é o aspecto psicológico. Nesse
ponto, a fim de melhorar a auto-estima, podemos incluir na dieta
alimentos fontes de triptofano, considerado precursor de serotonina
(responsável pela sensação de bem-estar), que são: banana, manga, leite,
arroz integral, feijão, chocolate amargo.
Na
parte 2 da matéria, falaremos sobre o processo inflamatório presente na
AA, bem como os alimentos que podem ajudar a reduzir a inflamação.
Em caso de dúvidas, procure um nutricionista.
1 J. Rocha, F. Ventura, A.P. Vieira, A.R.Pinheiro, S. Fernandes, C. Brito. Acta Med Port 2011; 24: 207-214.
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