FOLÍCULO PILOSO

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quinta-feira, 27 de junho de 2013

ALOPECIA AREATA



Tatiane Mieko M. Fujii
Nutricionista, formada pelo Centro Universitári
 
 
Camilo | Mestranda do programa de Nutrição 
em Saúde Pública da FSP/USP | Tem experiência em assessoria na área de Alimentação Coletiva, com ênfase em estabelecimentos comerciais | Atendimento em academias e como personal diet | É docente dos cursos de extensão comunitária da Universidade Paulista (UNIP), de extensão universitária e de pós graduação da Universidade Gama Filho (UGF) e dos cursos de Nutrição e Tricologia do CAECI/SP.
Aspectos Nutricionais envolvidos na Alopecia Areata - parte 1 - Voltar
Por: Tatiane Mieko M. Fujii | E-mail: tatianefujii@flavyohamos.com.br
Alopecia areata (AA) compreende um dos tipos de alopecia descritos na literatura científica envolvido com aspectos nutricionais. Trata-se de uma forma de alopecia não cicatricial, sendo a prevalência estimada de 0,1% a 0,2% na população geral.


Não existe idade certa para seu aparecimento, mas na maioria dos casos, as primeiras manifestações clínicas ocorrem antes dos 16 anos de idade. Sua etiologia ainda é discutível, pois abrange fatores genéticos, imunológicos, psicológicos e até ambientais.


Em estudo descritivo e retrospectivo baseado nas consultas clínicas de dermatologia entre 2000 e 2008,  publicado por Rocha e colaboradores (2011)1, mostrou que dos 48 pacientes avaliados, a primeira manifestação da doença variou de 2 a 16 anos de idade. Foi observado que 10% dos pacientes apresentaram história familiar da doença; 31% possuíam histórico pessoal ou familiar envolvido com atopias (doenças do sistema imune); além do papel do estresse, confirmado pelos estudiosos por interferir no grau e evolução da AA.


Embora nesse estudo não se tenha considerado a alimentação dos pacientes, cabe lembrar que a nutrição é fundamental e essencial nessa fase da vida. Já que a etiologia de origem genética/imunológica encontrada foi de 41%, o restante pode ter, além do estresse, outro fator ambiental envolvido como a dieta. Na figura 1, retirada do artigo, ilustra um caso de AA em criança.




Sabe-se que as carências nutricionais envolvidas com AA incluem as deficiências energético-proteico, favorecendo cabelos quebradiços e sem brilho, devido ao comprometimento da barreira capilar, uma vez que a irrigação sanguínea da raiz do cabelo fica limitada pela falta de nutrientes.


Assim como nas demais fases do ciclo da vida, é de suma importância garantir o aporte nutricional adequado em crianças e adolescentes, visto que a demanda por nutrientes é maior devido à fase de crescimento.


Alimentos que possuem proteína de alto valor biológico (PAVB) são as de origem animal, como carnes, aves, leites e derivados. Além disso, temos as proteínas vegetais, encontradas nas leguminosas como feijões, soja, grão-de-bico, ervilhas e nos grãos como quinoa, amaranto.


Outro aspecto relevante a ser considerado é o aspecto psicológico. Nesse ponto, a fim de melhorar a auto-estima, podemos incluir na dieta alimentos fontes de triptofano, considerado precursor de serotonina (responsável pela sensação de bem-estar), que são: banana, manga, leite, arroz integral, feijão, chocolate amargo.


Na parte 2 da matéria, falaremos sobre o processo inflamatório presente na AA, bem como os alimentos que podem ajudar a reduzir a inflamação.


Em caso de dúvidas, procure um nutricionista.


1 J. Rocha, F. Ventura, A.P. Vieira, A.R.Pinheiro, S. Fernandes, C. Brito. Acta Med Port 2011; 24: 207-214.


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