O cabelo (do latim capĭllus) é cada um dos pelos que crescem no couro
cabeludo (parte superior da cabeça do corpo humano) há em média 3
milhões e meio de fios capilares em uma pessoa adulta, cresce em média 1
cm por mês. Diferenciam-se dos pêlos comuns pela sua elevadíssima
concentração por área de pele e pelo desenvolvimento em comprimento.
Acima de tudo, o fio de cabelo é um pelo. Possui a mesma estrutura de
todos os pelos do corpo humano, porém tem suas particularidades. Vejamos
à seguir algumas anomalias da haste e do couro cabeludo.
ANOMALIAS DA HASTE
Tricorrehexis Nodosa- Todo o comprimento da haste do cabelo (sobretudo
na proximidade das pontas), encontramos a presença de verdadeiros
nódulos, oriundos de uma alteração tanto longitudinal como transversal
da secção curtical.
Dermatoses foliculares e hiperticoses - São alterações morfológicas e/ou
estruturais dos pêlos, hereditárias ou não, congênitas ou adquiridas, e
de solução terapêutica muitas vezes difícil.
Síndrome
de Menkes- Doença do pêlo enroscado ou doença do pêlo duro. É distúrbio
hereditário recessivo ligado ao cromossomo X, que resulta na absorção
reduzida de cobre pelos intestinos. O sintoma está relacionado com
níveis deficientes de cobre disponível, incluindo deterioração mental
progressiva, cabelos frágeis, retorcidos ou enroscados, assim como
alterações esqueléticas. A morte geralmente ocorre no decorrer dos
primeiros anos de vida.
Moniletrix - Cabelos em conta de rosáreo. É afecção rara, hereditária,
que surge na infância, caracterizada por dilatações e estreitamentos
alternados nos cabelos e pêlos, que são curtos pelas fraturas que
ocorrem. Os cabelos apresentam variação regular na espessura, adquirindo
a aparência de nodosidades; afetam particularmente o dorso do couro
cabeludo, embora o couro cabeludo inteiro e até mesmo os pêlos corporais
possam ser afetados. Há uma alopecia parcial com ceratose pilar e tem
sido encontrada na síndrome de Menkes e na argininossuccinilacidúria.
Pode ser reconhecida pelo exame do pêlo com lupa e não há tratamento
efetivo.
Tricorexe Nodosa - Desgaste do cabelo. É uma resposta do cabelo a um
traumatismo. Os pêlos apresentam nódulos por haver uma dissecção
longitudinal das fibras, o que ocasiona quebras. Vários fatores são
incriminados para sua formação: sol, pente, escova, xampus, banhos de
mar, etc. Há uma forma acompanhada de um transtorno metabólico como
acidúria argininossuccínica, síndrome de Menkes e tricotiodistrofia.
Tricorrexe Invaginata – Cabelos em bambu. Trata-se de genodermatose
muito rara, na qual em uma determinada região da haste, esta se alarga e
a parte mais distal se invagina na parte mais distal do pêlo, cujo
aspecto é o do nó de bambu. A tricorrexe invaginata é clássica na
síndrome de Netherton, porém pode ocorrer isoladamente em lesões
traumáticas nos cabelos normais ou em outras alterações congênitas da
haste. Pode ser acompanhada de pili torti e tricorrexe nodosa.
Triconodose- Afecção comum, caracterizada por torção dos cabelos que
formam nós ou laços consequente a procedimentos cosméticos ou fricção. É
mais observado em cabelos curtos e crespos, e normalmente acomete
cabelos mais finos.
Tricoptilose- É quadro comum, caracterizado por cabelos frágeis e
bifurcado. Resulta do desgaste da cutícula que expõe as fibras da
córtex, como a ponte de uma corda desgastada. As fendas podem ser apenas
na extremidade livre ou em toda a extensão da haste, resultando em
fraturas. Pode ser relacionada com o uso de fixadores, água quente,
produtos químicos e escovadura excessiva.
Pili Torti - Pêlos Torcidos. É afecção congênita rara caracterizada por
pêlos espiralados, torcidos em torno dos eixos, secos e quebradiços,
cuja localização mais freqüente é o couro cabeludo. Herdada por gene
autossômico dominante e pode ser associado com outras malformações. É a
anormalidade de pêlo mais encontrada na síndrome de Menkes. O defeito é
notado na infância pela fragilidade dos cabelos.
Pili Annulati - Cabelo em Anéis. É distrofia rara, congênita, geralmente
autossômica dominante, na qual os cabelos apresentam faixas anulares
alternantes, com áreas claras e escuras por alterações do córtex e da
medula do pêlo, podendo ocorrer fraturas. Não há tratamento. Tinturas
podem ser usadas.
Pili Pseudo Annulati- O aspecto é idêntico à Pili Annulati, mas difere
porque nesse tipo de pêlo o anel brilhante é devido à reflexão e
refração da luz por superfícies achatadas e torcidas do pêlo, enquanto
naquele tipo de pêlo o anel mais claro decorre de alterações internas,
no córtex e medula.
Pili Recurvati - Pêlos encravados. São pêlos que nascem obliquamente,
encurvam e penetram na pele. Afecção freqüente, principalmente em pêlos
da barba e da nuca. Os pêlos encravados podem causar uma reação
inflamatória tipo corpo estranho e foliculite da barba. O tratamento é
fazer a barba com o menor trauma possível, usando em seguida creme de
corticóide associado com antibiótico. Em casos graves pode ser tentada
depilação definitiva.
Pili Bifurcati- Trata-se de cabelo com fenda longitudinal circunscrita, de modo a dar o aspecto de bifurcação.
Pili Triangulati Et Caniculi - Síndrome dos Cabelos Impenteáveis. São
cabelos com aparência desorganizada que não são penteáveis. A haste do
pêlo tem um aspecto triangular à microscopia eletrônica, associado a uma
depressão longitudinal. A quantidade de pêlo é normal, assim como o
comprimento pode ser.
Pili Multigemini- Caracteriza-se pela presença de vários pêlos saindo de um único aparelho pilossebáceo.
Tricopoliodistrofia- PiliTorti
com deficiência de cobre Síndrome de Menke. É afecção causada por gene
recessivo ligado ao sexo, devida à incapacidade de absorção intestinal e
utilização do cobre. O quadro inicia-se nos primeiros meses de vida e
os cabelos são torcidos, sem brilho e quebradiços. Há atraso de
desenvolvimento neuro-psicomotor, aneurismas e morte nos primeiros anos
de vida. O diagnóstico pode ser confirmado com baixos níveis de cobre e
ceruloplasmina no soro. O tratamento seria uma tentativa de substituição
do cobre.
Cabelos Lanosos - Woolly Hair. É o cabelo crespo, encaracolado como na
raça negra. Os pêlos lanosos, porém, são tão entrelaçados que se torna
difícil penteá-los. Pode ser transmitido por gene autossômico dominante
ou recessivo. É mais comum na criança e vai se normalizando na idade
adulta.
Cabelo Com Casca - Hair Casts. Condição de provável origem hereditária,
cujos cabelos apresentam uma envoltura ceratínica, devido à retenção de
segmentos da bainha interna do folículo (material fluorescente-amarelo à
luz de Wood).
Tricostasia Espinulosa- Consiste no acúmulo de pêlos no mesmo óstio
folicular, dando o aspecto de ponteado negro. Parece ser devido à
retenção de pêlos telógenos originários de uma mesma matriz pilosa.
Tricoglífos- Conhecidos popularmente como redemoinho é um grupo de
cabelos que se implantam no couro cabeludo, formando uma imagem em
espiral. É apenas uma alteração na disposição dos cabelos, não há
nenhuma alteração anatômica do folículo piloso ou haste. Algumas
deformações congênitas, como oxicefalia, dicefalia, microcefalia,
trigonocefalia, síndrome de Down, síndrome de Prader-willi, apresentam
redemoinhos em quantidade e características tão particulares que servem
como um sinal diagnóstico da patologia.
ANOMALIAS DO COURO CABELUDO
Os problemas que mais preocupam são os da raiz (bulbo). Por uma série de
fatores, os cabelos sofrem as conseqüências que às vezes os levam a
queda parcial ou total (Alopecia). As situações em que é envolvido o
couro cabeludo são anomalias tais como: Seborréia: substâncias oleosas
que acumulam e se solidificam na raiz, inibindo a oxigenação, assim
causando o sufocamento do bulbo; Hiperidrose: excesso de suor, causado
pelo descontrole das glândulas sudoríparas, mistura-se ao sebo causando
asfixia do bulbo e oleosidade nos cabelos; Anêmico: Acumulam-se os
problemas acima descritos e é afetada a circulação sanguínea da papila
pilosa tornando o sistema de alimentação do bulbo insuficiente.
OBS: Em todos os casos acima citados é indicado lavar os cabelos com
água morna, uma boa limpeza é fundamental para a saúde de todos os
cabelos. O choque térmico (água fria imediatamente após a limpeza dos
cabelos) é benéfico e quase necessário, é cientificamente comprovada a
sua eficiência.
Dermatoses foliculares e hiperticoses- São alterações morfológicas e/ou
estruturais dos pêlos, hereditárias ou não, congênitas ou adquiridas, e
de solução terapêutica muitas vezes difícil.
Alopecias cicatriciais- Queda de cabelo causada por traumatismo,
queimaduras químicas ou físicas ou exposição a agentes radioativos
usados com finalidade terapêutica. Podem ainda ser devidas a doenças que
evoluem para atrofias ou cicatrizes, tais como piodermites,
paracoccidioidomicose, leishmaniose, tuberculose, sarcoidose, herpes
zoster, linfomas, tumores, líquen plano, esclerodermia, lúpus
eritematoso fixo, pseudopelada de Brocq e foliculite descalvante.O
tratamento deste tipo de queda de cabelo é combater a doença para
impedir a atrofia ou cicatriz. Na fase de seqüela com atrofia, quando
possível, pode-se fazer o implante de cabelos.
Alopecia areata (pelada)- Apresentam-se como áreas sem cabelo,
arredondadas ou ovalares de tamanhos variados, únicas ou múltiplas,
isoladas ou confluídas, sem alteração da pele, a não ser discreta
hipotonia. Podem ocorrer no couro cabeludo e/ou em outras regiões
pilosas. Em alguns casos, evolui para perda total dos cabelos. A causa é
desconhecida, podendo estar relacionada a distúrbios emocionais,
infecções ou ataques do próprio sistema imunológico. O tratamento da
alopecia areata inclui:
• Tratar as possíveis causas, dando especial atenção aos distúrbios
psíquicos e se necessário solicitar a colaboração do psiquiatra.
• Medicações rubefacientes em aplicações diárias ou em dias alternados.
Estes medicamentos aumentam a circulação do sangue no local e de modo
geral provoca a repilação.
• Medicamentos corticóides em solução ou pomada podem ser úteis. A sua
ação é baseada na supressão do sistema imunológico no local.
Queda de cabelo de causa mecânica- Quando a queda de cabelo é devido a
fatores físicos sobre o couro cabeludo, o tratamento é procurar afastar
as causas. Em casos antigos, nos quais a ação traumatizante se fez por
longo tempo, a alopécia pode tornar-se irreversível. Exemplos:
• Recém-nascidos: perda de cabelo, principalmente na região occipital,
provavelmente devido à criança permanecer deitada por longo tempo. É
transitória, não necessitando de tratamento.
• Certos penteados que provocam maior tração dos cabelos, comprometendo
as regiões fronto-temporais e periferia do couro cabeludo.
• Também pode ser causada pelo uso de chapéus, quepes ou outros agentes compressivos.
• Pode ainda ocorrer em doentes que permanecem deitados por longo tempo.
• Tricotilomania: em pessoas que adquirem o hábito de arrancar os
próprios cabelos e pêlos, surgem áreas de alopecia, nas quais os cabelos
apresentam-se de diferentes comprimentos. O tratamento consiste em
investigar e tratar a causa, em geral psicológica. O acompanhamento no
psiquiatra é necessário.
Queda de cabelo devido a doenças infecciosas- Doenças infecciosas com
febre alta durando de três a cinco dias podem causar queda de cabelo
difusa, que se surgem entre 75 e 90 dias após o episódio febril. Nestes
casos, os cabelos nascem novamente, sem tratamento. Na infecção por
sífilis podem ocorrer áreas de rarefação de cabelos e/ou pêlos,
constituindo a clássica alopecia em clareira. Após o tratamento da
sífilis há recuperação dos cabelos e pêlos. Na hanseníase pode haver
alopecia, em geral acompanhada de anestesia e anidrose. É comum a perda
de pêlos no terço externo dos supercílios (madarose). Costuma ser
irreversível, mesmo com o tratamento específico.
Queda de cabelo de causas sistêmicas- Pode ocorrer alopecia difusa em várias doenças que acometem o organismo como um todo:
• Lúpus eritematoso sistêmico,
• Dermatomiosite,
• Anemia ferropriva,
• Doenças carenciais e debilitantes,
• Diabetes,
• Hipertiroidismo,
• Hipotiroidismo,
• Doença de Addison.
O tratamento é o da doença sistêmica, ou seja, geralmente combatendo a
causa, os cabelos crescem novamente. Em mulheres, após o parto, é comum a
observação de alopecia difusa do couro cabeludo. Geralmente é pouco
intensa, dura alguns meses e regride. A regressão do quadro pode ser
favorecida com administração de complexos vitamínicos e apoio
psicológico.
Alopecia Feminina Difusa- Este tipo de queda de cabelo apresenta
diminuição de cabelos nas regiões fronto-parietais, de modo difuso,
persistindo cabelos mais curtos e afilados; a pele perde parte da
elasticidade, podendo ser acompanhada de seborréia. Em geral a queda
está associada a perturbações hormonais, com aumento da progesterona,
menopausa, ou pelo uso de injeções de andrógenos com fim de tratamento
de outro distúrbio. O diagnóstico é realizado pelo médico, que
geralmente solicita exames de dosagens hormonais. Tratamento deste tipo
de queda de cabelo depende do resultado das dosagens hormonais, podendo
ter indicação o uso de preparados antiandrogênicos, associados a
estrógenos, a fim de combater a desregulação hormonal.
Calvície ou alopecia seborréica- Este tipo de queda de cabelo é mais
comum no homem. A queda inicia-se nas regiões fronto-parietais e/ou no
vértice, podendo progredir e atingir toda a parte central do couro
cabeludo. Freqüentemente encontra-se seborréia do couro cabeludo, ou
seja, aumento de oleosidade. Geralmente é tanto mais grave quanto mais
precoce é o início da queda de cabelo. Em mulher a alopecia atinge
principalmente a parte central do couro cabeludo e excepcionalmente
ocorre a perda total dos cabelos. Muito mais rara. O tratamento da
calvície pode retardar ou interromper o processo, e quanto mais precoce o
tratamento, melhor o resultado. Os tratamentos disponíveis são:
• A finasterida é um medicamento utilizado no tratamento da calvície com
bons resultados na interrupção da queda e no fortalecimento de capilar.
• Minoxidil para uso local em loções com resultados favoráveis, porém tem que ser usado por vários meses (3-4 meses).
• Para o tratamento da seborréia, recomenda-se o uso de sabonetes sulfurosos, xampus à base de coaltar, zinco ou cetoconazol.
A suspensão do uso poderá acarretar a queda dos cabelos recuperados,
voltando à situação inicial. Medidas gerais tais como correção dos
distúrbios emocionais, alterações hormonais, deficiências dietéticas,
controle de pressão arterial, evitar o uso exagerado de descolorantes ou
tinturas. Uma vez estabelecida a calvície o único recurso terapêutico é
implante de cabelos, que até o momento vem apresentando resultados
satisfatórios.
Simplex Capillitii Pitiríase (Caspa)- É o derramamento de células mortas
do couro cabeludo. À medida que a epiderme começa a se restituir, as
células são empurradas para fora, onde acabam por morrer e descamar. Na
maioria das pessoas, esses flocos de pele são muito pequenos para serem
visíveis. No entanto, certas condições, causam o aceleramento deste
processo. Para as pessoas com caspa, o desprendimento das células da
pele madura e pode ser quitado em 2-7 dias, ao contrário de cerca de um
mês em pessoas sem caspa. O resultado é que as células mortas da pele
são eliminadas em grandes grupos de hidrocarbonetos, que aparecem como
manchas brancas ou acinzentadas no couro cabeludo. Há algumas evidências
de que os alimentos (especialmente açúcar e fermento), o excesso de
transpiração e o clima têm um importante papel na patogênese da caspa.
Dermatite seborréica- Verermelhidão e coceira são os sintomas e
freqüentemente ocorre em torno de dobras do nariz e nas áreas da
sobrancelha, e não apenas no couro cabeludo. Apresentam-se na forma de
grandes escamas prateadas. Mudanças sazonais e o estresse podem
influenciar a dermatite seborréica. O ácido salicílico remove as células
mortas da pele do couro cabeludo e diminui a velocidade com que essas
células são criadas. Contudo, a eliminação do fungo exige atenção maior
para evitar reincidencia. Os agentes antifúngicos mais comuns são o
Piritionato de Zinco, o Sulfeto de Selênio e o Cetoconazol.
Tinea da cabeça- São infecções causadas por fungos que atingem a pele,
as unhas e os cabelos. Os fungos estão em toda parte podendo ser
encontrados no solo e em animais. Até mesmo na nossa pele existem fungos
convivendo "pacificamente" conosco, sem causar doença. Aparece com mais
freqüência em crianças. Diagnosticada a partir de áreas arredondadas
com os cabelos cortados rente ao couro cabeludo. É muito contagiosa. A
queratina, substância encontrada na superfície cutânea, unhas e cabelos,
é o "alimento" para estes fungos. Quando encontram condições favoráveis
ao seu crescimento, como: calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de
antibióticos sistêmicos por longo prazo (alteram o equilíbrio da pele),
estes fungos se reproduzem e passam então a causar a doença.
Canities – Cabelos brancos. Os cabelos grisalhos são causados pelo
grande acúmulo de peróxido de hidrogênio devido ao desgaste do folículo
piloso, o que bloqueia a pigmentação natural do cabelo.as as nossas
células capilares fabricam um pouquinho de peróxido de hidrogênio, mas, à
medida que envelhecemos, este pouquinho se transforma em muito. Nós
clareamos o pigmento de nosso cabelo de dentro para fora e nosso cabelo
fica cinza e, então, branco.
Escabiose (sarna)- Sarcoptes scabiei – Parasita causador da escabiose
(sarna). Facilmente reconhecida, a sarna é uma doença de pele bem
característica. “Causada por um ácaro – Sarcoptes scabiei variedade
hominis – sua transmissão acontece através do contato pessoal”. Há,
ainda, a possibilidade de ser transmitida pelo uso de roupas, cama ou
colchões infectados. Mas esse meio é menos comum, pois o parasita, fora
do hospedeiro, morre em menos de uma semana. Os parasitas escavam túneis
(sulcos) muito finos sob a pele, onde as fêmeas depositam seus ovos,
que eclodem dentro de 7 a 10 dias, dando origem a novos parasitas. Os
principais sintomas da sarna são a coceira intensa, carocinhos e
feridas. O tratamento consiste na aplicação de medicamentos, sob
acompanhamento médico na forma de loções, sobre o couro cabeludo, mesmo
nos locais onde não aparecem lesões. Terminada a primeira série do
tratamento, este deve ser repetido após uma semana, para atingir os ovos
deixados pelo parasita. A medicação também pode ser realizada por via
oral, sob a forma de comprimidos ministrados em dose única. Pode ser
necessária a repetição após uma semana. Em casos resistentes ao
tratamento, pode-se associar os tratamentos oral e local. Para que o
tratamento seja eficaz, deve ser feito tanto com quem manifestou a
doença quanto com quem está em contato com o doente. Quando existe
alguém com sarna, provavelmente, mais de uma pessoa possui o mesmo
problema em casa. É recomendado lavar bem e ferver roupas pessoais e de
cama para o tratamento ser completo.
Pediculose (Pediculus Humanus Capitis) - Piolho. A pediculose também é
uma doença parasitária, causada pelo piolho. A transmissão do piolho
acontece através de contato pessoal. O parasita vive do sangue sugado do
couro cabeludo. A fêmea deposita lêndeas, ovos de cor esbranquiçada,
nos fios de cabelo. A principal característica da doença é a coceira,
que acontece com mais intensidade na parte posterior da cabeça. Com a
coceira podem aparecer lesões secundárias, que infectadas por bactérias
podem levar ao aumento dos gânglios linfáticos (ínguas) e,podem se
tornar vetores de doenças infecciosas como o Tifo e febre corrente. O
tratamento da pediculose capilar consiste na aplicação, nos cabelos, de
medicamentos específicos para o extermínio dos parasitas e deve ser
repetido após sete dias. Há, também, um tratamento através de medicação
via oral, sob a forma de comprimidos tomados em dose única. Em casos de
difícil tratamento, os melhores resultados são obtidos com a associação
dos tratamentos oral e local. A utilização de pente fino ajuda na
retirada dos piolhos. As lêndeas devem ser retiradas uma a uma, já que
os medicamentos muitas vezes não eliminam os ovos.
Psoríase- As células da pele crescem fundo e ao poucos sobem à
superfície. Esse processo de renovação da pele dura em torno de um mês.
Com a psoríase isso acontece em apenas alguns dias porque as células
sobem muito rápido e se empilham na superfície. Os sintomas da psoríase
são manchas de pele vermelha grossa com escamas prateadas. Essas manchas
podem coçar e doer. Não é contagiosa, geralmente desencadeada por fundo
emocional. Pode ser controlada com ácido fumárico que forma-se
naturalmente na pele quando esta é exposta ao sol. No caso de psoríase
este processo é deficitário, sendo necessária uma exposição prolongada,
ou a medicação do mesmo.
BIBLIOGRAFIA
- Anatomia, Fisiologia e Alterações Genéticas e Adquiridas.
www.sbcd.org.br
- Dermatoses do Couro Cabeludo.
www.lockfordiagnosis.com
- Queda de Cabelo.
www.bancodesaude.com.br
- Micoses Superficiais da Pele.
www.dermatologia.net
- Revista Ragga “Cientista descobre causa do cabelo grisalho.”
www.new.direvista.se.uai.com.br
- Escabiose e Pediculose Monique Cherpack- dermatologia.
www.hebron.com.br