FOLÍCULO PILOSO

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sábado, 17 de agosto de 2013

CALVÍCIE FEMININA



A alopecia androgenética feminina é também conhecida como calvície feminina ou padrão feminino de perda de cabelo. Essa condição é muito comum e atinge 50% das mulheres até os 50 anos de idade. Por ser esse dado desconhecido na sociedade, muitas mulheres com quadros avançados nem se dão conta de que apresentam uma condição que melhora com tratamento adequado.

   A calvície apresenta comportamento clínico diferente nas mulheres e nos homens. No caso dos homens, a fisiopatogenia dessa condição é bem estabelecida. Um dos principais genes de risco já foi identificado, e a resposta ao tratamento correto é previsível. No caso das mulheres, não se sabe com segurança o que ocorre. Acredita-se que haja vários genes envolvidos nesse processo, mas ainda não foram identificados. Não se sabe o papel exato das alterações hormonais, mas, na maioria dos casos, o teor dos hormônios sexuais e dos androgênios no sangue é normal. A resposta ao tratamento em mulheres, também é variável, diferentemente do que ocorre com os homens. 

   Clinicamente, a mulher pode ou não apresentar queda excessiva de cabelos no início do quadro. A queda excessiva se segue a um período de afinamento progressivo dos fios da parte superior do couro cabeludo, o que vai deixando o couro cabeludo descoberto, exposto. O padrão clínico é diferente do dos homens e segue os padrões demonstrados na figura acima. Pode haver aumento de sensibilidade ou mesmo dor no couro cabeludo.

   Em alguns casos, a pessoa acometida pela calvície pode ser a primeira a notar que o couro cabeludo fica mais exposto, especialmente quando se molha. É muito comum as pessoas mais próximas e os cabeleireiros comentarem que a pessoa está com "pouco cabelo", o que pode gerar um quadro de angústia e comprometimento da qualidade de vida e da autoestima.

   Quanto mais cedo o diagnóstico for feito e o tratamento correto for instituído, melhor será a resposta clínica. No entanto, se a paciente não recebe orientação adequada à sua condição tão logo que a doença se manifeste, essa situação pode se prolongar por muitos anos. Com o tempo, a tendência é que as pacientes fiquem conformadas com o fato de não voltarem a ter cabelo naquela área e mudam o estilo de se pentear, para tentar encobrir o couro cabeludo visível na parte da frente, cortam o cabelo mais curto e usam produtos finalizadores que aumentem o volume. 

   Se você é mulher e se identifica com essa situação, procure imediatamente seu dermatologista. A orientação e o tratamento adequados trazem significativa melhora clínica, devolvendo-lhe a confiança e a segurança de que necessita.


Fonte: Dra. Fernanda Torres

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