FOLÍCULO PILOSO

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sábado, 17 de agosto de 2013

CALVÍCIE MASCULINA



A calvície masculina atinge cerca de 70% dos homens até os 50 anos de idade, o que corresponde a, aproximadamente, 2 bilhões de indivíduos no mundo. Nas faixas etárias mais altas, essa prevalência é ainda maior. Acredita-se que essa condição seja causada por vários gens, mas até hoje o mais conhecido deles é um gene herdado da mãe. Também existem estudos que demonstram que filhos de pais calvos têm mais possibilidade de apresentar calvície.

   Os cabelos estão estreitamente ligados à imagem de força, juventude e virilidade. A falta de cabelos sugere também envelhecimento. Por isso, para muitos afetados pela queda, há comprometimento significativo da qualidade de vida e da autoestima. Os homens, muitas vezes, ao tentar resolver sozinhos seus problemas, experimentam por conta própria alguns tratamentos. Por não obterem resultado satisfatório, desistem de se tratar, resolvem ignorar a situação, aceitá-la como processo natural, e não procurar ajuda de dermatologista.

   Há também aqueles que iniciam o tratamento, mas o abandonam, talvez porque tenham sido mal orientados, ou porque não estejam obtendo o resultado que esperavam.

   Fisiopatogenia

   No couro cabeludo, existem duas áreas diferentes no que diz respeito à resposta dos folículos pilosos aos hormônios androgênios (hormônios masculinos, derivados da testosterona). A área frontal e superior do couro cabeludo (frontoparietal) é androgênio-dependente, e a parte posterior (occipital) é androgênio-independente.

   A base dos folículos pilosos apresenta uma porção conhecida como papila, que é o local responsável pela produção do pelo. As células papilares apresentam receptores para androgênios e atividade da enzima 5--redutase tipo II. Essa enzima também é encontrada na próstata e no epidídimo.

   Essa região entra em contato com a testosterona que circula na corrente sanguínea, e, pela ação da enzima 5--redutase tipo II, a testosterona é convertida em seu metabólito ativo, a diidrotestostrona (DHT), que é a grande vilã da calvície. Ao se ligar aos receptores de androgênios localizados nas células papilares, há produção de transforming growth factor beta (TGF-beta), substância química que induz a queda do cabelo. Dessa maneira, há encurtamento da fase de crescimento do folículo (fase anágena), com queda precoce dos fios.

   A isso, segue-se outro erro. O próximo fio a ser produzido nasce menor e mais fino que o anterior e, de novo, cai precocemente, e nasce um menor e mais fino. Assim, consecutivamente, vai ocorrendo miniaturização dos folículos e afinamento progressivo dos fios. Esse processo piora com o tempo, se o indivíduo não se tratar adequadamente. No estágio final, o fio não nasce mais. Dessa maneira, com o tempo, as entradas frontais avançam posteriormente, até encontrarem a rarefação do vértex do couro cabeludo.

   Se você é homem e tem calvície, especialmente se estiver no início do quadro, saiba que existe tratamento para seu problema. Procure seu dermatologista.  Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, melhor será o resultado final.



Fonte: Dra. Fernanda Torres


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