DITADURA DA BELEZA
Belos são os corpos cultivados nas academias, remodelados ou rejuvenescidos por cirurgias plásticas, os rostos maquiados ou com
aplicação de "botox", as roupas de grife, as tatuagens ou os piercings, as invenções do design, etc.
A beleza a partir do século 20 está condicionada àquilo que se pode comprar, ou seja, o belo nem sempre está inerente ao ser, no sentido interno ou externo.
Mas pode ser adquirido, basta poder comprá-lo nas clínicas de estética, nos salões de beleza ou nas mais variadas lojas especializadas. Porém alguém poderá dizer que o belo não se condiciona ao que se pode comprar. Pois se alguém compra a condição de ser belo, este alguém é de artificial beleza física, no entanto, poderá estar elegante e bem adornado. Contudo aquele que traz consigo, desde o ventre materno (belo natural), as proporções do belo, do conceito atual, esse sim, será sinônimo de beleza.
"A ditadura da beleza reina nos veículos de comunicação e na mídia em geral, ditando e manipulando as regras para o "que" e "quem" é belo, no entanto, aquele que tem mais poder aquisitivo poderá usufruir mais do belo e se aproximar do conceito dominante de beleza da contemporaneidade, que de um lado defende que quem é belo é aquele que tem os moldes, as medidas e as proporções para tal, independentemente de sua condição financeira. Se, porém, esse alguém for acima das medidas e proporções, é obeso, se for abaixo, ele tem anorexia. De um outro lado, defende que quem tem condições financeiras de se adornar bem, esse sujeito, então, é belo, não importando se é obeso ou anoréxico.
Podemos concluir então: BELO É COMO UM PARADOXO.
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