FOLÍCULO PILOSO

FOLÍCULO PILOSO

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

HISTÓRIA DA MAQUIAGEM



150120131158465294360-483x724- mod.jpg É no Egito que a maquiagem torna-se um ritual de beleza
No período paleolítico, o homem começa a se reunir em grupos, fixando-se na terra ficando mais sedentário e com isso surgem os primeiros sinais da vaidade no homem. Com as diferenças hierárquicas, dentro desses grupos, os Chefes enfeitavam-se com garras e dentes de animais ferozes. Já os feiticeiros e curandeiros adornavam o corpo com pinturas consideradas “mágicas”.

Com a evolução do homem surgem às primeiras pinturas de guerras, mais tarde surge na região da Mesopotâmia produtos de maquiagem a base de carvão para os olhos, henna e outros resíduos naturais. Já os Gregos tinham mais preocupações com a saúde e a beleza do corpo do que com a maquiagem propriamente dita. A maquiagem era usada sim, porém não como na Babilônia e no Egito.

No Egito a maquiagem tornou-se parte da higiene diária e toma função de requinte. Começa então a maquiagem como ritual de beleza. É no antigo Egito que vamos encontrar os primeiros testemunhos do uso de cosméticos.

As misturas de metais pesados davam o tom esverdeado para impregnar e proteger as pálpebras dos nobres. É também com a civilização egípcia que surge a distinção: "Mulher de pele clara" e "Homem de pele escura". Cleópatra bem representou o ideal de beleza daqueles tempos. Carismática e poderosa, ela imortalizou seu tratamento banhando-se em leite, cobrindo as faces com argila e maquilando seus olhos com pó de khol (ingrediente obtido inicialmente pelos árabes, de uma poeira preta que foi condensada e solidificada, dando origem ao produto que as mulheres usavam).

Passando para Roma, as mulheres usavam máscaras de farinha, miolo de pão e leite durante a noite sobre o rosto para melhorar a pele. Dizia-se que Popeia (segunda esposa do imperador romano Nero) tinha a pele muito branca graças ao resultado de constantes banhos em leite de jumenta. Ela lançou moda e todas as romanas mais nobres eram dadas às máscaras noturnas, em que ingredientes como farinha de favas e miolo de pão se combinavam ao leite de jumenta diluído para formar papas de beleza. Esta aparência translúcida foi imitada em misturas de giz, pasta de vinagre e claras de ovos durante muitas décadas.

Aproximadamente em 150 a. C. o físico Galeno criou o primeiro creme facial do mundo, adicionando água à cera de abelha e óleo de oliva. Mais tarde o óleo de amêndoas substituiu o azeite e a incorporação de bórax contribuiu para a formação da emulsão, minimizando o tempo de processo. Estava aí a primeira base para sustentar os pigmentos de dióxido de titânio e facilitar a aplicação na face; nascia a base cremosa facial.

Com os desenvolvimentos científicos, o ato de pintar os lábios tornou-se moda desde o século XVII, quando as pomadas coloridas tornaram-se mais acessíveis e seguras. Ainda no século XVI a preocupação com higiene pessoal foi deixada de lado, o que ironicamente contribuiu para o crescimento do uso da maquilagem e dos perfumes.

Durante os 100 anos seguintes Paris firmou-se como autoridade em moda, trazendo para o mundo da maquilagem um novo alento. Podemos dizer que a popularização da moda aconteceu em 1892, com o lançamento da revista Vogue, tendo em seus primeiros números personalidades como Gertrude Vanderbilt Whitney, vestindo suas próprias roupas. Quando Condé Nasta comprou a revista, em 1909, a publicação passa a ter um enfoque mais atraente, mostrando objetos do desejo para todas as mulheres.

Somente no século XX, com os avanços da indústria química fina, que os cosméticos se tornam produtos de uso geral. Em 1921, Paris é palco de uma verdadeira revolução na história do batom; é a primeira vez que um produto dessa categoria é embalado em um tubo e vendido em cartucho. O sucesso é tanto que em 1930 os estojos de batom dominam o mercado americano, trazendo uma nova fase para o desenvolvimento destas formulações.

Por volta da década de 20, os cinemas utilizam muito a maquiagem em suas produções, já que os recursos eram precários, sendo esta a principal forma de modificação da aparência dos personagens. A partir de então, a maquiagem passa a ser de uso geral.

Com a Segunda Guerra Mundial, as fábricas de cosméticos dão uma estacionada, assim como o mundo, pois toda a energia se concentrava para produção de armas, voltando-se então no século XVIII em que as mulheres mesmo preparavam seus produtos. Com o fim da guerra nos anos 50, a maquiagem volta com tudo, com o estilo fake – pele pálida, lábios realçados e olhar delineado. Os anos 60 são o auge por atingir por completo os jovens, fazendo com que a indústria se aprimorasse mais nas embalagens e estojos.

Na década de 70, as cores de maquilagem tornaram-se populares, acompanhando as coleções de alta-costura francesa, italiana e inglesa. Toda vez que um grande costureiro lançava uma nova coleção de cores e formas para as roupas, lá vinha um tom de sombra específico para os olhos, uma nova cor de boca. Dior, Chanel, Yves Saint Laurent e todos os grandes fabricantes ousavam e enchiam os olhos das mulheres de todo o mundo com suas criações cada vez mais tentadoras. Além disso, a década de 70 também foi marcada pela era Disco, trazendo a variedade, brilho e alegria nas cores.

E é no final da década de 80 que entram em lançamento as fórmulas evoluídas para cosméticos pigmentados. Na década de 90, com o novo milênio batendo na porta, finalmente entram em cena fórmulas baseadas em tecnologia de vanguarda, cujo uso garante propriedades bem interessantes para nossa beleza, como proteção solar, umectação e controle do envelhecimento cutâneo.

Hoje podemos contar com produtos que tratam e colorem nossa pele ao mesmo tempo, como nunca antes na história da humanidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

SEU COMENTÁRIO SERÁ DE GRANDE VALIA PARA O NOSSO CRESCIMENTO.