FOLÍCULO PILOSO

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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

MUITO ALÉM DO DIPLOMA

pos_curso (1)O que fazer após a conclusão do curso de cabeleireiro? Confira algumas dicas para alcançar o tão desejado sucesso profissional
texto: Eder Garrido | fotos: Moisés Moraes
Especialistas em carreira e negócios afirmam que estudar é o caminho mais seguro para a obtenção do sucesso profissional. No mundo da beleza, isso não é diferente. A quantidade de pessoas matriculadas em cursos de formação de cabeleireiros, esteticistas e visagistas é cada vez maior. Para quem está ingressando na profissão, algumas dúvidas sempre aparecem, por exemplo, o que fazer após a graduação? Quais especializações abrem mais possibilidades? Devo montar o próprio salão?
De acordo com Carlos Oristânio, coordenador do curso de Tecnologia em Visagismo e Estética da Universidade Cruzeiro do Sul, é importante que o aluno esteja atuando na área enquanto realiza o curso, e não somente após terminá-lo. Como a profissão exige um exercício constante das habilidades, quanto mais desenvolvidas elas estiverem, melhores são as chances de assimilação dos aprendizados.
Para quem ainda não possui um salão de beleza, a dica de Vera Flecher, sócia da BSG Academy Curitiba, é não ter medo de se “jogar” no mercado de trabalho. Iniciar como assistente de um bom cabeleireiro em salões com grande fluxo de clientes é uma ótima ideia. “Especializar-se e ter um bom currículo devem ser as primeiras preocupações. Só depois se deve pensar em abrir a própria empresa”, diz.
Os estágios práticos são fundamentais para driblar qualquer insegurança ao concluir o curso de formação. Quando surgir aquele frio na barriga, é importante confiar nos ensinamentos, pedir conselhos aos profissionais mais experientes e não desistir perante os obstáculos. “O profissional deve ter em mente que o erro faz parte do aprendizado”, diz Oristânio.
Mas sentir-se seguro não quer dizer dispensar a humildade. “Assim como o excesso de insegurança faz mal, o de segurança também faz”, afirma Patrícia Porcino de Oliveira, professora do curso de Visagismo e Terapia Capilar da Universidade Anhembi Morumbi.
Vale lembrar que, após formado, o profissional não pode parar de se especializar. Maria Helena Rossi, proprietária do Instituto Ibeco, afirma que a falta de prática e a distância das novidades do mercado podem trazer insegurança na elaboração de um trabalho mais complexo. Diversos tipos de cursos de especialização estão disponíveis no mercado, sejam de pós-graduação, sejam de extensão.
Se surgirem dificuldades de conseguir uma colocação imediata no mercado de trabalho, Maria Helena recomenda que se pratique o conteúdo aprendido com familiares e amigos. Mas alerta: “Não trabalhe de graça. Isso pode gerar desmotivação, e quem recebe o serviço muitas vezes acha que está fazendo um favor. O ideal é cobrar um valor menor”.
pos_curso (2)O emprego é garantido?
Quais são as expectativas dos formandos em relação ao mercado de trabalho? Segundo Oristânio, são as melhores possíveis. “O segmento da beleza está aquecido, e os grandes salões estão investindo na formação dos profissionais”, destaca. Quem tem um bom cabeleireiro ou manicure na equipe não quer perdê-lo, e isso aumenta a procura das redes por cursos que promovam a reciclagem dos conhecimentos dos funcionários. Geralmente, eles são realizados em centros de treinamento, escolas particulares ou empresas de cosméticos. “O Brasil ocupa o terceiro lugar no mundo no mercado de beleza e cosmética e segue em franco crescimento”, lembra Patrícia.
Como uma coisa puxa a outra, o rendimento para profissionais especializados é interessante. Colabora para isso o fato de o serviço prestado ser artístico e requerer um grande conhecimento químico, forçando os interessados a procurarem pessoas qualificadas e de confiança para executá-lo. Vale lembrar que o consumidor está cada vez mais exigente!
Seja seu próprio patrão
Quem tem capital e quer abrir um salão de beleza logo ao se formar precisa saber que não é necessário apenas dinheiro para garantir a prosperidade de um empreendimento desse tipo. Uma equipe de trabalho competente (formada por recepcionista, colorista, escovista, maquiador e especialistas em cortes e penteados, um gerente e um administrador) é indispensável. “Não se pode esquecer de que um salão de beleza é uma empresa”, sublinha Vera.
Ainda que cercado por excelentes profissionais, o proprietário deve acompanhar de perto a rotina de seu negócio. Para isso, dominar conceitos de administração, marketing e gestão é imprescindível. Por melhor que seja o profissional, apostar no mesmo talento para gestão é correr o risco de pagar um preço alto demais.
A má gestão profissional atrapalha – e muito – a rotina do cabeleireiro, diminuindo seus rendimentos. Os salões que estão em evidência são justamente aqueles que contam com uma boa administração.
Um dos maiores desafios fica a cargo da escolha da equipe. Esta deve ser formada por profissionais qualificados, comprometidos e com o entendimento de que um salão novo demanda um período para se estabilizar no mercado. Por isso, antes de se efetuar qualquer contratação, é fundamental analisar currículos, avaliar trabalhos práticos e aplicar um teste teórico. E nada de fechar as portas para os recém-chegados ao mercado de trabalho. Depois disso, é importante realizar um planejamento administrativo, delimitando funções e regras, para que todos estejam adequadamente envolvidos no projeto.
Nesse negócio, é importante gostar das múltiplas atividades necessárias no dia a dia, além de ter receptividade a adquirir cada vez mais conhecimentos para acompanhar o ritmo acelerado do setor. “Conhecer seus dons e aptidões ajuda muito”, diz Vera. “Talento apenas não basta. Dedicação e comprometimento são fundamentais”, diz Oristânio. Maria Helena completa: “Não há lugar para amadorismo”.

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