2013-07-01 de HELAINE MARTINS | CALVÍCIE: AOS 30 ANOS, 30% DOS HOMENS JÁ APRESENTAM ALOPECIA ANDROGENÉTICA
Todo
mundo perde diariamente entre 50 e 70 fios de cabelo, principalmente
durante o sono, por causa da fricção no travesseiro, e na hora de lavar e
pentear. De acordo com os especialistas, essa perda é natural e muito
comum. O problema é quando essa queda se acentua, ultrapassando mais de
200 fios, e o cabelo começa a ficar mais curto, fino, frágil e com perda
de cor. É quando a calvície se instala e os novos fios deixam de
compensar as perdas.
Ligada principalmente à genética, a calvície está relacionada a diversos
fatores, como distúrbios hormonais e emocionais. As consequências são
alterações no folículo piloso que, ao provocarem destruição da matriz
capilar, resultam na alopecia permanente. Nos homens, essa perda precoce
dos fios é chamada de alopecia androgenética (AAG) e, de acordo com a
Sociedade Brasileira de Dermatologia, aos 30 anos de idade 30% dos
homens já a apresentam. Aos 50 anos, esse índice sobre para 50%.
Dar adeus à queda dos fios pode não ser tão fácil, mas é possível. O
cirurgião plástico Dr. Milton Peruzzo (CRM-SP 47.076) diz que existem
duas opções: tentar tratamentos clínicos ou partir para cirurgia. “Sem
tratamento, a alopecia androgenética é progressiva e o uso de perucas,
entrelaçamentos ou qualquer outro método de cobrir a calvície apresenta,
além das desvantagens estéticas evidentes, o risco de desenvolvimento
de micoses do couro cabeludo, mau cheiro, ajustes frequentes e várias
outras complicações, como cicatrizes no couro cabeludo e arrancamento de
fios que porventura ainda se tenha”, alerta o médico.
Tratamento clínico deve ser primeira opção
Antes de recorrer aos microtransplantes capilares, porém, é mais
indicado optar por substâncias que, além de mais baratas, também são
eficientes no combate à progressão da calvície. A base do tratamento
médico é a redução do DiHidroTestosterona (DHT) e a proteção dos
receptores androgenéticos contra a sua ação. Normalmente os benefícios
obtidos são na redução da velocidade de instalação da AAG e sempre após 6
a 8 meses de uso contínuo. Não existe um tratamento pontual, em curto
prazo. “O paciente precisa compreender que o tratamento deve ser
contínuo entre os 16 e 50 anos de idade, pois é neste período em que
este processo de miniaturização ocorre, sendo que as agressões entre 25 e
35 anos são as mais fortes”, alerta Peruzzo.
A medicação, no entanto, varia de paciente para paciente, das suas
características clínicas e pessoais. Por isso, é importante sempre
consultar um médico. É ele quem vai diagnosticar a causa da calvície e o
tratamento mais indicado.
Saiba quais são as principais substâncias que ajudam a fortalecer os fios e auxiliam na redução da queda dos cabelos:
Zymo HSOR: Novidade no mercado brasileiro, o Zymo é um complexo
enzimático de origem biotecnológica que atua no combate à queda de
cabelos causada pela alopecia androgenética. Ele tem a propriedade de
degradar a DHT no folículo pilosebáceo permitindo que o cabelo cresça
novamente e receba menor agressão no processo da calvície. O uso pode
ser complementado pelo Zymo Hair Xampu Enzimático antes da aplicação.
Segundo estudo, aumenta em 73% o numero de fios.
Minoxidil: Age melhorando a circulação do couro cabeludo e
consequentemente retardando a queda do cabelo. Isoladamente os
resultados são limitados. Não há recuperação total dos fios, mas reduz a
perda de cabelos.
Finasterida: Utilizado na forma oral ou tópica. Atua bloqueando a ação
da DHT sobre os receptores dos bulbos capilares dos fios predispostos à
calvície. Funciona bem para as áreas do meio e da coroa, não atuando do
mesmo modo para a frente e entradas. Os resultados podem ser observados
após seis ou oito meses de tratamento (um miligrama por dia, por pelo
menos dois anos).
17 Alfa Estradiol: Solução capilar indicado nos casos de diminuição da
fase anágena no ciclo de desenvolvimento capilar na alopecia leve a
moderada, em homens e mulheres (queda de cabelos por fatores hormonais).
Estudos clínicos mostraram um aumento na proporção de fios na região
frontal, mostrando-se eficaz em aproximadamente 85% dos pacientes.
Fitoterápicos: Ervas e plantas medicinais também têm sido utilizadas
para combater a queda de cabelo ou calvície. O alecrim é uma das plantas
medicinais mais utilizadas em xampu, condicionadores e cremes para
cabelo que auxiliam no tratamento da caspa, retardamento do aparecimento
de cabelos grisalhos e na prevenção da queda de cabelo. Já o ginko
biloba tem sido indicado por médicos pela eficácia em restaurar o
funcionamento do sistema circulatório e melhorar o fluxo sanguíneo,
fatores importantes na perda de cabelo.
Vitaminas: O fator chave para o crescimento do cabelo é uma dieta rica
em vitaminas. Todas contribuem para a melhoria dos fios, mas algumas são
fundamentais na restauração do folículo, como a vitamina B, uma das
melhores para o crescimento do cabelo; a vitamina A, que se não for
fornecida nas quantidades adequadas ao corpo, leva à perda de cabelo; e a
vitamina E, que ajuda na melhoria da textura dos fios.
Minerais: A falta de minerais, como silício e zinco, enfraquece não só o
cabelo, como unhas e pele, por exemplo. Para ajuda a evitar e prevenir a
queda de cabelo, é importante comer ostras, fígado, leite e farelo de
trigo. O zinco tem ação principalmente quando os pacientes são idosos, e
os seus cabelos vão ficando finos e frágeis.
Xampu de Cetoconazol: Antifúngico usado topicamente no couro cabeludo
para diminuir a população de fungos, o excesso de oleosidade (o sebo é
rico em DHT) e alguns estudos mostram que ele também inibe os níveis de
DHT. A aplicação deve ser feita de duas a quatro vezes por semana.
Revivogen: A fórmula contém ingredientes naturais que reduzem a produção
local de DHT, bloqueiam os receptores androgênicos e estimulam o
crescimento capilar. Deve ser aplicado diariamente.
Fonte: cirurgião plástico Dr. Milton Peruzzo (CRM-SP 47.0
Obrigado por repassar informações tão úteis.
ResponderExcluir