FOLÍCULO PILOSO

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terça-feira, 2 de julho de 2013

CALVÍCIE ANDROGENÉTICA

2013-07-01 de HELAINE MARTINS | CALVÍCIE: AOS 30 ANOS, 30% DOS HOMENS JÁ APRESENTAM ALOPECIA ANDROGENÉTICA

Todo mundo perde diariamente entre 50 e 70 fios de cabelo, principalmente durante o sono, por causa da fricção no travesseiro, e na hora de lavar e pentear. De acordo com os especialistas, essa perda é natural e muito comum. O problema é quando essa queda se acentua, ultrapassando mais de 200 fios, e o cabelo começa a ficar mais curto, fino, frágil e com perda de cor. É quando a calvície se instala e os novos fios deixam de compensar as perdas.

Ligada principalmente à genética, a calvície está relacionada a diversos fatores, como distúrbios hormonais e emocionais. As consequências são alterações no folículo piloso que, ao provocarem destruição da matriz capilar, resultam na alopecia permanente. Nos homens, essa perda precoce dos fios é chamada de alopecia androgenética (AAG) e, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, aos 30 anos de idade 30% dos homens já a apresentam. Aos 50 anos, esse índice sobre para 50%.

Dar adeus à queda dos fios pode não ser tão fácil, mas é possível. O cirurgião plástico Dr. Milton Peruzzo (CRM-SP 47.076) diz que existem duas opções: tentar tratamentos clínicos ou partir para cirurgia. “Sem tratamento, a alopecia androgenética é progressiva e o uso de perucas, entrelaçamentos ou qualquer outro método de cobrir a calvície apresenta, além das desvantagens estéticas evidentes, o risco de desenvolvimento de micoses do couro cabeludo, mau cheiro, ajustes frequentes e várias outras complicações, como cicatrizes no couro cabeludo e arrancamento de fios que porventura ainda se tenha”, alerta o médico.

Tratamento clínico deve ser primeira opção

Antes de recorrer aos microtransplantes capilares, porém, é mais indicado optar por substâncias que, além de mais baratas, também são eficientes no combate à progressão da calvície. A base do tratamento médico é a redução do DiHidroTestosterona (DHT) e a proteção dos receptores androgenéticos contra a sua ação. Normalmente os benefícios obtidos são na redução da velocidade de instalação da AAG e sempre após 6 a 8 meses de uso contínuo. Não existe um tratamento pontual, em curto prazo. “O paciente precisa compreender que o tratamento deve ser contínuo entre os 16 e 50 anos de idade, pois é neste período em que este processo de miniaturização ocorre, sendo que as agressões entre 25 e 35 anos são as mais fortes”, alerta Peruzzo.

A medicação, no entanto, varia de paciente para paciente, das suas características clínicas e pessoais. Por isso, é importante sempre consultar um médico. É ele quem vai diagnosticar a causa da calvície e o tratamento mais indicado.

Saiba quais são as principais substâncias que ajudam a fortalecer os fios e auxiliam na redução da queda dos cabelos:

Zymo HSOR: Novidade no mercado brasileiro, o Zymo é um complexo enzimático de origem biotecnológica que atua no combate à queda de cabelos causada pela alopecia androgenética. Ele tem a propriedade de degradar a DHT no folículo pilosebáceo permitindo que o cabelo cresça novamente e receba menor agressão no processo da calvície. O uso pode ser complementado pelo Zymo Hair Xampu Enzimático antes da aplicação. Segundo estudo, aumenta em 73% o numero de fios.

Minoxidil: Age melhorando a circulação do couro cabeludo e consequentemente retardando a queda do cabelo. Isoladamente os resultados são limitados. Não há recuperação total dos fios, mas reduz a perda de cabelos.

Finasterida: Utilizado na forma oral ou tópica. Atua bloqueando a ação da DHT sobre os receptores dos bulbos capilares dos fios predispostos à calvície. Funciona bem para as áreas do meio e da coroa, não atuando do mesmo modo para a frente e entradas. Os resultados podem ser observados após seis ou oito meses de tratamento (um miligrama por dia, por pelo menos dois anos).

17 Alfa Estradiol: Solução capilar indicado nos casos de diminuição da fase anágena no ciclo de desenvolvimento capilar na alopecia leve a moderada, em homens e mulheres (queda de cabelos por fatores hormonais). Estudos clínicos mostraram um aumento na proporção de fios na região frontal, mostrando-se eficaz em aproximadamente 85% dos pacientes.

Fitoterápicos: Ervas e plantas medicinais também têm sido utilizadas para combater a queda de cabelo ou calvície. O alecrim é uma das plantas medicinais mais utilizadas em xampu, condicionadores e cremes para cabelo que auxiliam no tratamento da caspa, retardamento do aparecimento de cabelos grisalhos e na prevenção da queda de cabelo. Já o ginko biloba tem sido indicado por médicos pela eficácia em restaurar o funcionamento do sistema circulatório e melhorar o fluxo sanguíneo, fatores importantes na perda de cabelo.

Vitaminas: O fator chave para o crescimento do cabelo é uma dieta rica em vitaminas. Todas contribuem para a melhoria dos fios, mas algumas são fundamentais na restauração do folículo, como a vitamina B, uma das melhores para o crescimento do cabelo; a vitamina A, que se não for fornecida nas quantidades adequadas ao corpo, leva à perda de cabelo; e a vitamina E, que ajuda na melhoria da textura dos fios.

Minerais: A falta de minerais, como silício e zinco, enfraquece não só o cabelo, como unhas e pele, por exemplo. Para ajuda a evitar e prevenir a queda de cabelo, é importante comer ostras, fígado, leite e farelo de trigo. O zinco tem ação principalmente quando os pacientes são idosos, e os seus cabelos vão ficando finos e frágeis.

Xampu de Cetoconazol: Antifúngico usado topicamente no couro cabeludo para diminuir a população de fungos, o excesso de oleosidade (o sebo é rico em DHT) e alguns estudos mostram que ele também inibe os níveis de DHT. A aplicação deve ser feita de duas a quatro vezes por semana.

Revivogen: A fórmula contém ingredientes naturais que reduzem a produção local de DHT, bloqueiam os receptores androgênicos e estimulam o crescimento capilar. Deve ser aplicado diariamente.

Fonte: cirurgião plástico Dr. Milton Peruzzo (CRM-SP 47.0

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