FOLÍCULO PILOSO

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segunda-feira, 22 de julho de 2013

CONTROLE HORMONAL DO CESCIMENTO DO FOLÍCULO PILOSO - POR DENISE STEINER

CONTROLE HORMONAL DO CRESCIMENTO DO FOLÍCULO PILOSO
Os andrógenos são os principais hormônios na regulação do crescimento do cabelo. Estes hormônios são responsáveis pela mudança da característica dos pêlos na época da puberdade. A influência hormonal depende do local do corpo e mesmo no couro cabeludo os cabelos da região fronto-parietal respondem diferentemente daqueles da região occipital. Os andrógenos também estão envolvidos com doenças como hirsutismo e alopecia androgenética.
Eles são produzidos pelas gonadas e também pela glândula supra-renal sendo que tanto o primeira quanto a segunda são reguladas pelo eixo hipotálamo-hipofisário.
Na seqüência os hormônios masculinos são transportados na circulação pela proteina carreadora de hormônios sexuais, sendo que cerca de 98% estão ligados a ela e somente 2% estão na forma livre. O mecanismo de ação dos androógenos é intracelular e a testosterona livre tem um papel preponderante nesta regulação.
Dentro da célula a testosterona segue vários caminhos metabólicos sendo o principal a transformação em dihidrotestosterona (DHT) pela ação da enzima 5 -alfa-redutase. Após esta transformação a DHT liga-se a receptor específico dos andrógenos e então age no núcleo celular através do RNA, modificando sua resposta.
Todos os andrógenos podem ligar-se ao receptor intra-celular, porém a ligação DHT- receptor é mais eficiente, sendo cerca de vinte vezes mais potente do que a ligação testosterona-receptor. A resposta nuclear à este complexo hormônio-receptor é variável de local para local e de situação para situação. Na região da barba por exemplo, a ação androgenica favorece o engrossamento do fio, enquanto que nos indivíduos predispostos à calvície o androgeno favorece a miniaturização dos pêlos na região superior do couro cabeludo.
Doenças hormonais que causem hiperandrogenismo como tumores de ovário, ovário policístico, tumores da adrenal, entre outros, causam nas mulheres as doenças andrógeno-dependentes como hirsutismo e alopecia androgenética.
Os homens não parecem ser tão sensíveis a pequenos aumentos de andrógenos, porém a ausência dos mesmos levam a completa feminilização.
Nas mulheres outra particularidade é que os andrógenos são metabolizados em estrógenos pela enzima denominada aromatase, sendo este um caminho metabólico importante na fisiopatologia da calvície e hirsutismo.
Outros hormonios como os estrógenos, hormonios tiroidianos e hormonio do crescimento também estão envolvidos com o crescimento e espessura do cabelo, porém a ação fisiológica dos mesmos ainda não está totalmente esclarecida.
Fatores locais também são críticos neste controle, tais como: fatores de crescimento (fator de crescimento epidérmico, fator de crescimento insulin-like, fator de crescimento do fibroblasto), papila dérmica e células do bulge (stem cells).
A influência de todas estas estruturas e fatores ainda não está totalmente determinada havendo muita controvérsia e estudos em andamento.

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